Até o fim deste ano, o volume de carros que podem ser trazidos para o Brasil sem sobretaxa de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) está limitado a 4.800 unidades
A importadora Kia Motors anunciou nesta quinta (19) um investimento de R$ 165 milhões no Brasil, que será usado na reestruturação da empresa. O plano prevê a geração de 1.300 empregos diretos no país. O aporte aproveita a proximidade do fim da política de cotas para importação de veículos, em vigor desde 2012, e o encerramento do programa Inovar-Auto, que será substituído pelo Rota 2030 em 2018.
Até o fim deste ano, o volume de carros que podem ser trazidos para o Brasil sem sobretaxa de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) está limitado a 4.800 unidades. O que passa disso tem a tributação aumentada em 30 pontos percentuais.
“Vendemos 80 mil carros em 2011, este ano serão 8.000. Precisamos voltar a grandes praças, mas como nomear novos concessionários se não tínhamos carros para entregar [devido às cotas]?”, diz José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil.
A empresa espera comercializar 20 mil carros em 2018, e para isso prepara a renovação da linha. Seis novos produtos deverão ser lançados no primeiro semestre do ano que vem.
Um dos primeiros a chegar será o compacto Kia Rio, nas versões hatch e sedã, sempre equipado com motor 1.6 flex e previsto para março. Virão também Picanto GT, Cadenza, Sorento e Stinger. A empresa já homologou carros híbridos e elétricos, mas espera a definição das novas regras para definir a estratégia de lançamento.
O processo de reestruturação da Kia começou com a nomeação de 10 novos revendedores nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. A marca tem hoje 90 concessionárias e espera chegar ao fim de 2018 com 115. Em seu auge, a empresa teve 180 estabelecimentos.
A expectativa agora é pela definição das novas regras para o setor automotivo. O ponto mais aguardado e o que vai estabelecer o novo modelo de taxação do IPI. Ainda não foi definido se haverá uma sobretaxa de 10 pontos percentuais para quem não se enquadrar nas metas de eficiência energética ou se o tributo será fixo, mas com multa prevista às empresas que não atingirem os resultados estipulados.
Esperava-se que o Rota 2030 entrasse em vigor a partir de janeiro de 2018, mas representantes do setor automotivo já falam em um prazo mais longo, com início em março ou abril. Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícias ao Minuto