Universitário chegava à instituição de ensino quando foi abordado por um adolescente
O latrocínio do estudante de nutrição João Pedro Guedes, ocorrido em dezembro de 2018, teve a participação de um adulto e três adolescentes, conforme conclusão dos policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) após dois meses de investigação do crime.
Após serem iniciadas as buscas pelos responsáveis de terem cometido o crime contra João Pedro nas proximidades de uma instituição de ensino superior, as equipes da Polícia Civil prenderam Adriano Rocha Feitosa, de 20 anos, dois dias após o fato. Ele foi detido por porte ilegal de arma. Em depoimento, confirmou aos policiais a participação no roubo seguido de morte.
Com o prosseguimento das investigações, foram apreendidos três adolescentes com idades entre 15 e 17 anos. Eles foram levados à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foi registrado um ato infracional pelo crime de latrocínio. O adolescente de 16 anos já responde a três atos infracionais por tráfico de drogas e um por porte ilegal de arma de fogo. O segundo, de 15 anos, possui duas passagens pela polícia por tráfico de drogas e receptação. O terceiro, de 17 anos, responde a seis atos infracionais por três roubos e três receptações.
“O caso está fechado. O latrocínio foi praticado pelos quatro. Francisco Adriano e o adolescente de 17 anos permaneceram no carro, enquanto os outros dois desceram para abordar a vítima. O de 15 anos estava com uma arma falsa e o outro, de 16, portava um revólver calibre 38”, destaca a delegada Nathália Figueiredo, da DCA. “O adolescente atirou contra um dos seguranças da faculdade e atingiu o estudante”, completou.
O crime
João Pedro Guedes era universitário e chegava à faculdade em seu carro para entregar o trabalho de conclusão do curso de nutrição quando quatro indivíduos se aproximaram em um automóvel, de cor branca. Dois deles desceram e anunciaram o assalto.
Um dos seguranças da instituição percebeu a ação dos criminosos e tentou intervir. Ele efetuou um disparo para o alto, momento em que um dos infratores atirou em sua direção. O tiro atingiu o estudante, que morreu no local.
Exames realizados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), na arma do vigilante, atestaram que os disparos que atingiram o universitário não partiram da arma do profissional.
Fonte: G1 CE