O caso ocorreu na madrugada deste domingo (31), no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS)

Uma enfermeira foi agredida a tapa e enforcamento pela mãe de um paciente do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), na madrugada deste domingo (31), em Fortaleza. Segundo relato, a mulher estava alterada após ter o celular supostamente furtado. 

Conforme exame de corpo de delito ao qual o Diário do Nordeste teve acesso, foram identificadas quatro lesões leves no pescoço da vítima. A profissional de saúde, que terá a identidade preservada, conta que foi dialogar com a mulher — que reclamava do possível furto. 

Vítima mostra agressões
Foto: Arquivo Pessoal

Após informá-la de que a unidade de saúde não se responsabiliza por itens pessoais de acompanhantes, a mãe do paciente iniciou as agressões. De acordo com o relato, ela jogou uma sacola com objetos contra a enfermeira, deu-lhe um tapa e tentou enforcá-la. 

O caso ocorreu por volta das 4h30 da madrugada do domingo (31). No momento da agressão, havia quatro crianças (a partir de 6 anos) internadas nesta enfermaria, incluindo o filho da suspeita. 

O segurança e uma assistente social compareceram após o ataque. A Polícia também foi chamada para a ocorrência.

Vítima e agressora foram conduzidas ao 10º Distrito Policial, no bairro Antônio Bezerra, para prestar esclarecimentos e foram liberadas em seguida. 

Em nota, o hospital informou que “está ciente da ocorrência”.”A unidade hospitalar ressalta que estão sendo adotadas as medidas cabíveis nas instâncias devidas. O Hias reforça ainda que repudia qualquer tipo de agressão e se solidariza com a profissional envolvida no incidente”, disse. 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que uma mulher de 26 anos suspeita de agredir uma enfermeira foi detida por uma composição da Polícia Militar do Ceará (PMCE).

Na delegacia, foi assinado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de lesão corporal. O procedimento foi transferido para o 25º DP, unidade que dará prosseguimento as investigações.

Sobre o suposto furto, ainda não há detalhes. 

COMO OCORREU A AGRESSÃO 

A enfermeira explicava à mãe que não pode se responsabilizar pelos bens materiais de terceiros. “Mas ela ficou alterada e começou a gritar. Pedimos que ela baixasse o tom por haver crianças doentes ali. Uma criança que não estava muito bem acabou acordando e se assustando”, relata a profissional. 

“Aí ela começou a gritar mais. As outras mães, então, pediram que ela se acalmasse, mas ela estava alterada e disse querer ir embora”, recorda.

Neste momento, conta, as enfermeiras informaram que os pacientes não podem ficar sem o acompanhamento dos pais ou responsáveis. 

“Ela disse ‘saia da minha frente’, pegou uma sacola, jogou na minha direção, avançou para cima de mim, deu um tapa no meu rosto e veio no meu pescoço me enforcando”, relata.

Neste momento, outras mães e uma profissional de saúde interviram. Em seguida, chegou um segurança e a assistente social. 

TRAUMA

A profissional relata estar abalada. “Estamos ali para oferecer o melhor, fazemos o que está até fora do nosso alcance para ver os resultados dos pacientes, e ser agredida dessa forma é uma situação difícil, mexe muito com o psicológico”, diz. 

“Estou muito abalada. Esses momentos vêm na minha cabeça e fico me pergunta por que tantos profissionais têm de passar por uma situação dessa”, lamenta. 

Fonte: Diário do Nordeste

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here