A notícia das sucessivas chuvas tem sido reconfortante para o Ceará, que tem vivido uma de suas maiores crises hídricas, com aguda escassez em seus reservatórios. Um alento: nos dois primeiros meses de 2017, registrado aporte de água em 112 açudes, segundo as informações do Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Neles, neste período, houve uma variação de volume de 23.710.294 m³. Considerando a estimativa do volume evaporado e o volume liberado, com um aporte de 142.255.168 m³.
Segundo o Portal Hidrológico, entre 28 de fevereiro e 1º de março, foi registrado aporte de água em 50 açudes, que totalizaram uma variação de volume de 4.132.343 m³. Levando em consideração a estimativa do volume evaporado e liberado neste período, o levantamento afirma que houve aporte total de 4.582.791 m³.
A Cogerh monitora 153 açudes no Ceará, distribuídos em 12 bacias hidrográficas, com capacidade total de 18,64 bilhões m³ e volume de 1,22 bilhão m³ , acumulando hoje 6,53% da capacidade total.
Segundo as informações da Cogerh, neste ano, o aporte total contabiliza 142,24 milhões m³. Considerando somente o mês de fevereiro, o Castanhão (Alto Santo) teve aporte de 20.054.486 m³, atualmente acumula 5,16% da capacidade. O segundo é o Taquara (Cariré), que teve aporte de 8.765.736 m³ e está com 10,30%. Em terceiro, o Itaúna (Granja) aumentou 8.743.153 m³ e hoje acumula 52,81% da sua capacidade total.
Na atualização dos dados, houve aumento do volume nas bacias do Litoral, Coreaú, Metropolitanas, Médio Jaguaribe, Salgado e Acaraú. O volume de água das bacias no Ceará é distribuído pelo Litoral (28,35%), Alto Jaguaribe (10,64%), Coreaú (31,11%), Metropolitanas (9,88%), Serra da Ibiapaba (12,66%), Médio Jaguaribe (4,73%), Salgado (10,76%), Acaraú (7,89%), Banabuiú (1,96%), Sertões de Crateús (1,62%), Curu (1,55%) e Baixo Jaguaribe (0,00%).
Apesar desses aportes, dos 153 açudes monitorados pela Cogerh, o Caldeirões, em Saboeiro (Bacia do Alto Jaguaribe) ainda é o único no Estado que está sangrando. Mas 133 açudes continuam com menos de 30% da capacidade, sendo que deste 51 estão no volume morto e 32 permanecem secos.
Com Diário do Nordeste..