A médica Paola Tôrres transita entre a arte, histórias reais e cientificismo para influenciar seu público a buscar o diagnóstico precoce do câncer

Dia 15 de setembro é o Dia Mundial da Conscientização sobre Linfomas, um tipo de câncer que se origina no sistema linfático. Em Fortaleza, a médica onco-hematologista Paola Tôrres utiliza ferramentas que fogem do comum para conscientizar as pessoas sobre a prevenção contra o câncer: a música e a literatura de cordel.

Quando se trata de câncer, a médica ressalta a importância do diagnóstico precoce, e o faz de forma lúdica, com a ajuda de seus versos. Em uma de suas obras, chamada “A Saga do Caroço”, ela conta uma história, baseada em fatos reais, de uma ex-paciente chamada Maria Rodrigues.

“A Maria foi uma paciente que descobriu um caroço, foi a vários médicos e eles não conseguiam saber do que se tratava. Ela falou com o marido e eles venderam uma vaquinha que eles tinham para ela conseguir fazer a biópsia. Ao descobrir que tinha um Linfoma de Hodgkin, ela fez o tratamento comigo no Centro Regional Integrado de Oncologia, ficou curada; e depois da quimioterapia teve 2 filhos”, conta Paola.

Além de médica e cordelista, Paola é presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, presidente do Instituto Roda Viva, uma ONG especializada em Medicina Integrativa, e cantora. Questionada acerca de qual interesse surgiu primeiro, a médica conta que foi a arte, mas que também considera a Medicina um tipo de arte. “Eu acho que essas duas coisas são grandes instrumentos de redução do sofrimento humano, tanto o do corpo quanto o do espírito”, diz.

Para ela, que é pernambucana de nascença e cearense de coração, a ligação com a cultura popular e suas raízes é essencial para juntar arte e Medicina na busca de oferecer alento para as pessoas.

Medicina Armorial

Medicina Armorial, como explica Paola, não é uma especialidade médica, mas uma forma de ver a Medicina e integrar tudo o que pode nela para ajudar a pessoa que está doente, como a musicoterapia, a ioga e a poesia. Dentre suas inspirações para adotar esse tipo de visão como médica, está o escritor Ariano Suassuna, que foi um de seus professores durante o período na universidade. “Eu cursei uma disciplina de Estética do Pensamento com Ariano Suassuna e depois disso comecei a ver a música armorial e fiquei pensando: por que não pode haver uma medicina armorial?”, conta Paola.

Além disso, a médica também já teve câncer duas vezes, acontecimento que a influenciou a refletir mais profundamente sobre a doença. Seus vídeos começaram a ser publicados em suas redes sociais logo na época de ascensão do Facebook e atualmente a médica continua utilizando seu Instagram para divulgações. Paola acredita que sua arte pode informar e conscientizar as pessoas que a seguem: “é uma forma de cuidar das pessoas”.

Instagram da médica onco-hematologista Paola Tôrres: @drapaolatorres

Fonte: O Povo Online

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