A China continua a impressionar com seus projetos ambiciosos, desenvolvendo agora um rio artificial que poderá se tornar a obra mais dispendiosa do mundo
O ambicioso projeto de desvio de água na China, que se destaca como a construção mais cara do mundo, tem como objetivo mitigar a escassez de água na região árida e industrializada do norte do país. A iniciativa monumental visa redirecionar cerca de 44,8 bilhões de metros cúbicos de água potável anualmente para as áreas densamente povoadas do norte, fomentando significativamente o desenvolvimento socioeconômico dessa região. Sem duvidas, um dos mais ambiciosos projetos da indústria da construção civil desta década!
Novo rio artificial mais caro do mundo estará pronto até 2050
O grande empreendimento do rio artificial envolve a interligação dos principais rios da China ao longo das rotas Leste central e Oeste, desafiando limites de engenharia e enfrentando preocupações ambientais e logísticas.
A rota Leste inicia no Rio Yangtzé passando pelo Rio Yangtzé, pela passagem de Kedia chegando à cidade de Tianjin, no norte, por meio de vias navegáveis e tubulações. Já a rota Central parte do Rio Danube, fluindo por rios e vias navegáveis em direção a Pequim, no norte, passando por várias províncias incluindo Enan e Hubei. A rota Oeste conecta o rio Yangtzé à região noroeste da China, passando por áreas como Qinghai e Xinjiang, levando água a regiões propensas à seca.
A expectativa é que a construção mais cara do mundo seja concluída até 2050, proporcionando tranquilidade para milhões de pessoas e transformando a paisagem da China. A história do projeto do rio artificial remonta a resposta audaciosa do governo chinês à crescente escassez de água no norte do país com a rápida industrialização, aumento populacional e demandas agrícolas.
A região passava por uma crise hídrica grave ameaçando o abastecimento de água potável e o desenvolvimento socioeconômico. A construção mais cara do mundo, que começou há quase 50 anos, envolveu um extenso planejamento, pesquisa e construção.
Construção do Rio Artificial necessitou de 70 mil trabalhadores
A construção do projeto de transferência de água Sul e Norte na China foi amplamente financiada pelo governo chinês. Este é um grande projeto de infraestrutura incluído no plano de desenvolvimento nacional, portanto o financiamento provém, principalmente, do orçamento do governo Central.
A construção mais cara do mundo envolveu mais de 70.000 trabalhadores chineses utilizando mais de 200.000 toneladas de concreto e aço. Enfrentando desafios geográficos, como a travessia dos Rio Yellow e Yangtzé, foram construídos túneis subterrâneos para superar as barreiras naturais.
O projeto segue um cronograma complexo abrangendo fases como viabilidade, planejamento, licenciamento ambiental, aquisição de terras, escavação, construção de infraestruturas e conclusão das rotas. Comparando o projeto do Rio artificial chinês com a transposição do Rio São Francisco no Brasil, ambos visam solucionar problemas relacionados à disponibilidade de água em suas regiões específicas. No entanto, há diferenças significativas em escala, cronograma, gastos e estratégias adotadas.
Construção mais cara do mundo já gastou 79 bilhões de dólares
O projeto chinês é a construção mais cara do mundo com um orçamento estimado em 62 bilhões de Dólares, mais que o dobro do custo da barragem das Três Gargantas, enquanto o projeto brasileiro tem um orçamento inicial de cerca de R 10 bilhões de reais. Até 2014 mais de 79 bilhões de dólares haviam sido gastos, tornando-o um dos projetos de engenharia mais ambiciosos e caros da história humana.
Os impactos do projeto chinês abrangem aspectos positivos e negativos, visto que o desvio de água beneficia áreas no norte, aliviando a escassez hídrica e impulsionando o desenvolvimento econômico, mas há consequências ambientais como a perda de habitats e o reassentamento forçado de comunidades locais.
O futuro do projeto de Rio artificial enfrentará transformações e desafios com uma expansão planejada para atender às crescentes demandas por água no norte da China. Em conclusão o principal benefício deste projeto é atender as necessidades de água na região norte, que tende a sofrer com a escassez de água especialmente em grandes cidades como Pequim e Tianjin, isso apoia o crescimento econômico e o bem-estar da comunidade.
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