Atraso foi provocado por assembleia para discutir pedidos da montadora em plano de reestruturação. GM pede redução do piso salarial, congelamento dos salários e terceirização irrestrita.

Metalúrgicos da General Motors (GM), dona da Chevrolet, atrasaram em cerca de 1h30 nesta sexta-feira (1°) a produção na fábrica da montadora em São José dos Campos (SP). O atraso foi causado por uma assembleia da categoria para discutir as negociações sobre o plano de reestruturação na unidade.

Entre os pedidos apresentados pela empresa estão a redução do piso salarial, congelamento dos salários e terceirização. Entidade e empresa devem se reunir ainda esta tarde para novas rodadas de negociação.

A assembleia começou 5h30 com cerca de 2,5 mil trabalhadores do primeiro turno da planta. De acordo com o sindicato, a assembleia foi para a apresentar um balanço das reuniões com a GM, que tenta uma reestruturação da unidade.

A empresa entregou uma lista com 28 pedidos, entre eles a redução do piso salarial de R$ 2,3 mil para R$ 1,6 mil. A empresa ainda quer tirar a estabilidade de emprego dos trabalhadores com lesão ocupacional ou acidente de trabalho – em São José dos Campos são 1,3 mil funcionários nesta situação. Segundo o sindicato, a empresa também tentava a mudança na jornada de trabalho, mas recuou da proposta.

O relatório final da reestruturação a ser votado só deve ser apresentado aos trabalhadores na próxima semana e a assembleia foi para apresentar as propostas e receber as demandas dos funcionários. Eles entraram para o trabalho às 7h.

Apesar das negociações, a entidade informou que a empresa não apresentou uma proposta de investimento na planta em São José dos Campos como contrapartida do acordo.

“Eles querem direitos dos trabalhadores como contrapartida para permanecer no país. Mas também não nos apresentaram uma proposta firme do que e como vai ser investido na planta em troca das exigências. Vamos manter as tratativas e estamos firmes em não abrir mão de direitos”, informou o vice-presidente do sindicato, Renato Almeida.

O G1 procurou a General Motors, mas a montadora não comentou sobre o assunto até a publicação da reportagem.

Fonte: G1

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