Para o ministro, agentes que elaboraram o documento fizeram uso político da ABIN

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),  Alexandre de Moraes, mantém sob sigilo um relatório feito pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) com fatos que narram suposto envolvimento dele com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O relatório foi citados três vezes na decisão que embasou a operação de busca e apreensão contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Intitulado “Prévia Nini.docx”, o relatório é descrito como uma tentativa de “associar deputados federais, bem como o excelentíssimo relator Alexandre de Moraes e outros congressistas, à organização criminosa PCC”, conforme consta no despacho do ministro.

Entre 2019 e 2022, cinco funcionários da ABIN teriam elaborado o documento, o que segundo Alexandre de Moraes, é “evidência de instrumentalização da Abin”.

Acusado de favoreces os filhos do ex-presidente, Jair Bolsonaro, com informações da ABIN e de praticar ‘espionagem ilegal’, o deputado delegado Ramagem (PL-RJ) acusou a Polícia Federal de tocar perseguição contra agentes que atuaram em sua gestão à frente do órgão, e disse que a ‘nova PF não é de Estado, é de governo.

“O que se vê aqui é essa nova Polícia Federal, não de Estado, mas de governo, perseguidora, trabalhando contra policiais que faziam os grandes trabalhos da gloriosa antiga Polícia Federal”, afirmou.

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