Cacá foi um dos cineastas fundadores do Cinema Novo; ‘Xica da Silva’, ‘Bye Bye Brasil’ e ‘Deus é Brasileiro’ são alguns dos seus filmes

Faleceu na madrugada desta sexta-feira (14), aos 84 anos, em um hospital do Rio de Janeiro, o consagrado cineasta, Cacá Diegues. As primeiras informações foram passadas pela Academia Brasileira de Letras (AB), em seu Instagram.

Lamentamos profundamente a morte do cineasta e Acadêmico Cacá Diegues, aos 84 anos. Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística ao abordar temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mas se manteve sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema. ABL”.

Carlos José Fontes Diegues — que ficou conhecido como Cacá Diegues — nasceu em 19 de maio de 1940 em Alagoas e se mudou ainda pequeno com a família para o Rio de Janeiro. Na capital fluminense, estudou Direito e depois se dedicou ao cinema. Ele foi um dos cineastas fundadores do Cinema Novo.

O velório do cineasta acontecerá na ABL, no Centro do Rio, neste sábado (15), a partir das 9h. A cerimônia de despedida será aberta ao público. Em seguida, o corpo do diretor será cremado no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. 

Nascido em 19 de maio de 1940, em Maceió, Cacá Diegues era um dos fundadores do Cinema Novo, ao lado de Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, Paulo Cesar Saraceni, Leon Hirszman e outros. Ele exilou-se na Itália e depois na França, após a promulgação do AI-5, em 1969, durante o regime militar. 

Entre os filmes de maior destaque do profissional do diretor estão “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980),  “Dias melhores virão” (1989), “Veja esta canção” (1994) e “Tieta do Agreste” (1995), “Orfeu” (1998), “Deus é Brasileiro” (2003) e “O Grande Circo Místico” (2018). 

A maioria dos longas que realizou foi selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto, e exibida comercialmente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos no mundo.

Diegues ganhou vários prêmios, incluindo os de Melhor Filme nos Festivais de Montreal e Paris, Mar Del Plata e Havana, para “O Maior Amor do Mundo”, lançado em 2006. Foi casado com a cantora Nara Leão, da qual se separou em 1977, 12 anos antes de ela falecer. Com Nara, teve dois filhos: Isabel e Francisco. Desde 1981, era casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, com quem teve a filha Flora, que morreu aos 34 anos, em 2019, vítima de um câncer no cérebro.

Em 2016, foi enredo da escola de samba Inocentes de Belford Roxo, desenvolvido pelo carnavalesco Márcio Puluker. Ele chegou a participar do desfile no último carro. Em 2018, Cacá se tornou imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele ocupava a Cadeira 7, na sucessão do Acadêmico Nelson Pereira dos Santos

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