Pablo Feitosa foi executado na cidade de Tauá, na madrugada de segunda
Um suposto “acerto de contas” entre membros de uma quadrilha de seqüestradores e ladrões de bancos e carros-fortes, ligados a uma facção criminosa de São Paulo.
Esta é a linha de investigação que a Polícia tem para tentar esclarecer o assassinato de um bandido cearense. O crime ocorreu na madrugada de ontem (5), na cidade de Tauá, na Região dos Inhamuns (a 337Km de Fortaleza).
O homem morto era Pablo Feitosa de Menezes, dono de uma extensa ficha de crimes no Ceará e noutros estados do Nordeste. Tido como líder de uma quadrilha interestadual de assaltantes, ele foi executado a tiros dentro de sua casa após o imóvel ter sido invadido por um grupo de homens encapuzados. Pablo foi arrastado da sala até um dos quartos e morto com tiros de pistola à queima-roupa.
Pablo Feitosa, ou “Pablito”, começou a sua vida criminosa há mais de 20 anos. Em 2013, foi preso em sua casa, em Fortaleza, no bairro Cajazeiras, numa operação sigilosa montada pela Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Coin/SSPDS) juntamente com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), então comandada pelo delegado Romério Almeida.
O bandido era um fugitivo da Justiça e suspeito de recrutar jovens e treiná-los para sua quadrilha, ensinando-lhes técnicas de tiro de fuzil e metralhadora, além do uso de artefatos explosivos para os ataques a bancos e carros-fortes.
Ainda em 2006, ele foi capturado após comandar o seqüestro de um advogado em Fortaleza, “Pablito” foi transferido de Fortaleza para uma Penitenciária federal de Segurança Máxima no estado do Mato Grosso, onde passou 16 meses cumprindo Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), sem direito a visitas. Em setembro de 2008 retornou para o Sistema Penitenciário do Ceará, de onde voltou a fugir.
Sequestro e prisão
No dia 28 de novembro de 2006, “Pablito” e parte de sua quadrilha foram presos numa operação realizada pelas equipes da Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil, sob o comando dos delegados Jaime Paula Pessoa Linhares e Antônio Pastor. O bando matinha em cativeiro há duas semanas, o advogado tributarista cearense Fernando Barcelar, então com 66 anos de idade.
A quadrilha sequestrou Barcelar no dia 13 de novembro de 2006 quando ele saía do seu escritório, no bairro Aldeota. O carro do advogado foi “fechado” pelos criminosos fortemente armados. Barcelar foi mantido em cativeiro, acorrentado a uma cama, durante 15 dias, numa casa situada no Conjunto Esplanada Castelão, no bairro Boa Vista.
Através de uma investigação sigilosa, a equipe chefiada pelo delegado Jaime Linhares descobriu o endereço e “estourou” o cativeiro, prendendo o Nando e resgatando o refém ileso, numa das mais exitosas operações antissequestro realizadas no estado do Ceará.
Com informações do blogdofernandoribeiro..