Sem astronautas a bordo, os sistemas autônomos e controladores de solo da Starliner em Houston guiaram a nave em uma série de manobras cuidadosamente coreografadas para aproximar a Starliner do laboratório em órbita antes de atracar.
A nave espacial CST-100 Starliner da Boeing [NYSE: BA] fez hoje sua primeira conexão com a Estação Espacial Internacional às 21h28, hora de Brasília, para realizar o objetivo principal do programa Orbital Flight Test-2 (OFT-2).
Sem astronautas a bordo, os sistemas autônomos e controladores de solo da Starliner em Houston guiaram a nave em uma série de manobras cuidadosamente coreografadas para aproximar a Starliner do laboratório em órbita antes de atracar.
Os astronautas a bordo da estação espacial monitoraram a Starliner durante todo o voo teste e por vezes comandaram a espaçonave para verificar as capacidades de controle.
“O acoplamento bem-sucedido da Starliner hoje é mais um passo importante neste teste para enviar astronautas em órbita com segurança e confiança”, disse Ted Colbert, presidente e CEO da Boeing Defense, Space & Security.
Lançada de um foguete Atlas V com classificação humana da United Launch Alliance em 19 de maio da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, a Starliner passou suas primeiras horas no espaço realizando uma série de demonstrações do sistema, permitindo que os gerentes da missão verificassem se a espaçonave estava bem e capaz de manobrar com segurança. Após o acoplamento, a Starliner recarregou suas baterias usando painéis solares localizados no módulo de serviço.
Depois que os astronautas a bordo da estação declararam “Tally-ho, Starliner” (“Starliner avistada”, em tradução livre para o português), o veículo se conectou a uma porta de acoplamento na Estação Espacial Internacional.
“A Starliner mostrou ser segura, autônoma e capaz de se acoplar”, disse Jim Chilton, vice-presidente sênior da Boeing Space and Launch. “Estamos honrados em fazer parte da frota de espaçonaves comerciais capazes de realizar serviços de transporte à estação espacial para a NASA.”
Equipada com um sistema de suporte à vida totalmente funcional, além de todos os outros sistemas fundamentais de apoio aos humanos, a espaçonave e a missão foram projetadas para fornecer à Boeing e à NASA dados suficientes para certificar a espaçonave para missões tripuladas de longa duração para a Estação Espacial Internacional.
Durante o tempo em que a Starliner ficará ancorada em órbita, a tripulação da estação vai flutuar dentro da espaçonave, realizar uma visita inicial à cabine e fazer verificações periódicas do sistema, enquanto os controladores terrestres avaliam os dados coletados durante o voo teste.
A Starliner está transportando mais de 800 libras (362 kg) de carga na missão Orbital Flight Test-2 (OFT-2), incluindo cerca de 500 libras (226 kg) para a NASA, como alimentos e itens para os membros da tripulação da expedição, além de uma bandeira comemorativa dos Estados Unidos que permanecerá a bordo da estação espacial até o seu retorno à Terra no Teste de Voo da Tripulação (CFT – Crew Flight Test) da Starliner.
A Cápsula acumula alguns anos de atraso no Programa da NASA para retomar a capacidade dos EUA de transportar astronautas até a ISS. Com contrato firmado em 2010 com a Boeing e a SpaceX, a empresa de Elon Musk saiu na frente, e já está utilizando sua cápsula Dragon Crew em missões tripuladas oficiais. A Boeing encontrou alguns problemas ao longo do caminho, mas também se prepara para colaborar com as missões da NASA em breve, com atraso de cinco anos.
Além de uma série de bandeiras americanas e patches da missão, vários itens exclusivos também estão na viagem em órbita e serão trazidos de volta, incluindo itens de 14 faculdades e universidades históricas afro-americanas.
A cápsula Starliner está programada para partir da Estação Espacial na quarta-feira, 25 de maio, quando irá desacoplar e retornar à Terra, com um pouso no deserto no oeste dos EUA.
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