A operação foi conduzida entre quinta e sexta (21) pelo centro de controle da Jaxa, a agência espacial japonesa

Tudo saiu conforme o planejado -até onde se sabe- com o lançamento dos dois minirrovers, conhecidos como Minerva II1A e B, a partir da nave-mãe japonesa Hayabusa2, para a superfície do modesto asteroide Ryugu.

A operação foi conduzida entre quinta e sexta (21) pelo centro de controle da Jaxa, a agência espacial japonesa, e já se sabe que os dois pequenos dispositivos, com cerca de 18 centímetros de diâmetro, chegaram a enviar dados, que foram recebidos pela nave-mãe e então repassados à Terra.

Os responsáveis analisam esses dados para verificar se houve transmissão de imagens do pouso. As comunicações com os dois minirrovers cessaram de súbito por volta de 6h da manhã (de Brasília), presumivelmente por conta da rotação do Ryugu, asteroide com 900 metros de diâmetro. Eles estão desde então incomunicáveis.

A Hayabusa2, por sua vez, opera normalmente, depois de realizada a etapa crítica do lançamento. Ela consistiu em baixar a altitude da sonda até meros 55 metros da superfície do Ryugu e então liberar os minirrovers, que por gravidade, em queda livre, foram levados à superfície. A separação se deu à 1h06 (de Brasília) desta sexta-feira (21).

A nave-mãe operou exatamente como o esperado e enviou fotos interessantes (tiradas para propósitos de navegação e publicadas pela Jaxa) do terreno acidentado do asteroide, como a publicada acima. Foi o atual recorde de aproximação da sonda, que ainda pretende ela mesma fazer um pouso no Ryugu até o fim de outubro para colher amostras de sua superfície e depois trazê-las de volta à Terra.

A Hayabusa2 é a segunda missão de retorno de amostras de asteroides do Japão. Sua predecessora, a Hayabusa, voou entre 2003 e 2010 e trouxe de volta à Terra farelinhos do asteroide Itokawa. A Hayabusa2 foi lançada em 2014, na direção do asteroide Ryugu, o primeiro asteroide de tipo C (carbonáceo) a ser visitado por uma sonda.

Asteroides carbonáceos costumam ser mais escuros e acredita-se que sua composição seja primitiva, mais parecida com o conteúdo original da nebulosa que teria formado o Sol. Eles nos remetem à época em que os planetas estavam se formando.

Estudar o Ryugu é, portanto, um trabalho de arqueologia cósmica -a busca por vestígios do ambiente que levou ao surgimento do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos.

Além dos dois minirrovers, a sonda ainda transporta o mini módulo de pouso Mascot, desenvolvido por alemães e europeus, e o minirrover Minerva II2, japonês. Com informações da Folhapress.

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