Recomendação do Ministério da Saúde é de que todos os passageiros do navio sejam vacinados contra a doença

O Ministério da Saúde constatou que um navio atracado em Santa Catarina sofreu um surto contagioso provavelmente provocado por sarampo. Tripulantes passaram por exames e os resultados descartaram a possibilidade de contágio por rubéola, doença inicialmente cogitada pelas autoridades sanitárias. Os passageiros, entre eles o cantor Wesley Safadão, que estava na embarcação, não tiveram contato com os casos suspeitos, que foram isolados durante a viagem.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, das 16 amostras realizadas, 8 foram identificadas positivas como sarampo.

Diante da constatação, a recomendação é de que todos os passageiros do navio sejam vacinados contra a doença. O navio deve retornar para Santos nesta quarta-feira (20), onde a imunização será realizada. O sarampo é uma doença extremamente contagiosa.

O Seaview é um dos maiores navios de cruzeiro a operar na costa brasileira. Estava a bordo do navio o cantor Wesley Safadão, que deu um show durante a viagem. A assessoria do cantor ainda não comunicou se ele foi imunizado.

Contágio

Os trabalhadores do navio começaram a apresentar sábado (16) febre baixa, irritação nos olhos, nódulos no pescoço e nas proximidades da orelha. Um dos tripulantes deixou a embarcação e foi hospitalizado na Casa de Saúde em Santos, cidade no litoral paulista onde a embarcação se encontrava na ocasião.Os demais tripulantes foram deixados de quarentena, mas a viagem prosseguiu. Hoje, o navio está em Santa Catarina.

Tripulantes que tiveram contato com o grupo com suspeita da doença e os que não eram imunizados receberam vacina tríplice, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Amostras de sangue dos tripulantes foram enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz.

Entre o grupo de tripulantes em quarentena estão três brasileiros. Há também trabalhadores da Índia, África do Sul e Madagascar. A identificação dos casos no transatlântico não deve alterar a análise feita pela Organização Mundial da Saúde sobre a condição brasileira em relação ao sarampo.

A embarcação tem 22 andares, além de subpiso, e capacidade para 5.400 passageiros e para 1.500 tripulantes.

Certificado

O Brasil está prestes a perder o certificado de eliminação do sarampo, obtido há 3 anos. Para autoridades sanitárias brasileiras, no entanto, os casos registrados no navio não devem ser levados em consideração. Isso porque o primeiro paciente com a infecção é de um tripulante das Ilhas Maurício.

Não há casos suspeitos entre passageiros.

Fonte: Diário do Nordeste

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