Líder do governo no Congresso diz que proposta está pronta para ser votada; proposta permite também participação de não-residentes e inclusão de espólios

Segundo o líder do govreno, senador Romero Jucá, o texto da proposta já foi fechado e está pronto para ir a votação no plenário (VEJA.com)
Segundo o líder do govreno, senador Romero Jucá, o texto da proposta já foi fechado e está pronto para ir a votação no plenário (VEJA.com)

O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta quarta-feira que o texto do projeto que reabre o prazo para a repatriação de recursos não declarados enviados ao exterior já foi fechado e está pronto para ir à votação no plenário da Casa. A proposta que será apresentada permite que familiares de políticos tragam recursos, o que era proibido na lei de repatriação anterior. Jucá disse que já conversou com o relator da matéria, senador José Maranhão (PMDB-PB), sobre os ajustes propostos pela equipe econômica do governo, que serão apresentados para discussão dos demais senadores.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que fez acordo com as lideranças para votar o projeto ainda nesta quarta.
“O texto está pronto. Fechamos com a Receita Federal e com a Fazenda. O senador José Maranhão é o relator do plenário e já está com o material, já conversamos”, afirmou Jucá. Responsável por fazer a ponte com integrantes da equipe econômica, o líder do governo no Congresso elencou os principais itens que devem ser inseridos no texto.

Mudanças1424279_547937015299208_840218183_n-1

Parentes de políticos que possuam recursos no exterior poderão repatriá-los, desde que comprovem atividade independente. E os brasileiros não residentes também poderão aderir ao programa. “Colocamos a liberação de parentes comprovando que a atividade é separada do político. Estamos também colocando a possibilidade de fazer declaração de brasileiros não residentes no Brasil. E a possibilidade de espólios”, ressaltou.

Segundo ele, também haverá mudanças com relação aos prazos previstos inicialmente na nova proposta. “Mudamos a data de quem tinha recursos fora. Agora será até 30 de junho de 2016. Ao invés de ser 2014 é 2016. Vamos usar também o dólar base de 30 de junho de 2016, que valia R$ 3,20. Portanto, não é mais o dólar de 31 de dezembro de 2014”, explicou.

Segundo Jucá, em razão do acordo feito entre os governadores e integrantes da cúpula do governo federal, não constará no texto final a previsão de que a multa da repatriação será dividida com os Estados. “Isso já houve acordo. A multa continuará administrativa”, ressaltou.

Nas negociações realizadas com os governadores na terça-feira, a União concordou em repartir com Estados os 5,2 bilhões de reais de receitas obtidas este ano com a multa do programa de repatriação. Mas, em contrapartida, os governadores se comprometeram com um forte ajuste fiscal próprio.

(Com Estadão Conteúdo)

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here