Eles são criados em 3D e permitem compreender os processos subcelulares

A revista científica Science publicou um artigo divulgando uma nova tecnologia que permite criar vídeos de altíssima resolução com imagens de células cancerígenas se movendo no organismo humano.

Eles são criados em 3D e permitem compreender os processos subcelulares e os padrões de movimentação dessas células enquanto agem.

Mais do que isso, a tecnologia de imagem captura ainda as variações apresentadas pelas células em diferentes estágios da doença — como a mitose e a metástase, por exemplo —, além de permitir visualizar a diversidade fenotípica das células em diferentes organismos ou processos imunológicos.

A pesquisa foi conduzida pelos professores David Q. Matus e Benjamin L. Martin, do Centro de Câncer da Universidade de Stony Brook, junto a uma enorme equipe internacional que envolve outros centros, como o Howard Hughes Medical Institute. O grupo de investigadores utilizou os vasos sanguíneos de um peixe-zebra para analisar a amostra.

Nessa nova técnica, para analisar inicialmente as movimentações de células do câncer de mama, os pesquisadores empregaram uma microscópica treliça de feixes de luz (a LLSM, de lattice light-sheet microscopy) e lentes adaptativas — como as usadas em pesquisas relacionadas ao espaço, que empregam espelhos retráteis para compensar a distorção em uma imagem e obter mais detalhes do que está sendo observado.

O que estamos vendo, afinal de contas?

Apesar de serem imagens fascinantes, não é muito fácil para quem não é cientista entender o que está acontecendo nelas. Basicamente, são células se movimentando. No caso dessa imagem da foto — e deste vídeo aqui! —, são células cancerígenas imitando o comportamento e as características dos leucócitos — que compõem o sistema imunológico.

Poder enxergar de fato como funciona uma doença enquanto afeta o corpo é algo revolucionário para a ciência e a medicina, e há décadas os cientistas estudam para obter imagens 3D ou vídeos mais realistas e com boa resolução.

Por isso, tecnologias como essa podem ajudar a entender melhor os mecanismos de atuação das doenças e, a partir disso, desenvolver formas de retardar seus efeitos ou até mesmo encontrar uma cura.

Outras observações

E os cientistas não se concentraram apenas sobre essa questão do câncer de mama. Aproveitando a utilização da mesma técnica de geração de imagens, eles também conseguiram enxergar com bastante clareza outras movimentações das células do sistema imunológico de regiões como a orelha e o olho do peixe-zebra, por exemplo.

Com informações Mega Curioso

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