O equipamento já foi a principal via de comunicação por telefone no Brasil

Ele não tem nem 50 anos, -foi criado em 1971 em São Paulo, por uma arquiteta chinesa, porém já é um ancião inútil e muito maltratado. Assim pode ser definido o outrora velho e bom “orelhão”.

A denominação orelhão, foi uma forma encontrada para proteger o telefone público, e, que lembra a parte proeminente do aparelho auditivo humano. Porém com o passar do tempo e o surgimento de outras formas de comunicação, principalmente o celular, o velho e bom orelhão, vai gradativamente caindo no ostracismo.

Em Fortaleza e várias cidades do interior e Região Metropolitana, quem precisa utilizar o orelhão, seja por economia ou qualquer outro motivo, esbarra na falta de manutenção e depredação dos equipamentos ainda disponíveis nas vias públicas das cidades.

É comum encontrarmos aparelhos depredados, sujos, sem funcionar, servindo em muitos casos, apenas para propagandas que na maioria das vezes são colocadas na cabine ou na base dos equipamentos.

Para algumas pessoas que ainda utilizam o velho orelhão, é muito difícil encontrar um que esteja em pleno funcionamento. Seja pela falta de manutenção das operadoras, ou seja pela própria depredação, praticada por vândalos.

Ao caminharmos por ruas e avenidas de Fortaleza, é comum encontrarmos  equipamentos “agonizando”. Foi o que a reportagem do portal encontrou na tarde deste domingo, 28, em plena avenida Bezerra de Menezes no bairro de classe média, Parquelândia.

Postado na calçada que margeia a ciclofaixa -por sinal muito movimentada, um desses equipamentos está há vários dias completamente destruído e jogado ao chão, atrapalhando o tráfego de pedestres e ciclistas que se utilizam daquela via.

Segundo a empresa de telefonia OI, responsável pelos orelhões ainda disponíveis na cidade,  técnicos em manutenção dos mesmos estão sempre em atividade, para tentar colocar à disposição da comunidade o maior número possível de aparelhos. Ainda de acordo com a empresa, aqueles que podem ser recuperados, voltam a ser úteis a quem precisa fazer uma ligação por um preço mais acessível. Já aqueles muito danificados são recolhidos aos depósitos da mesma.

Mesmo com as dificuldades, o velho equipamento ainda tem seu público fiel. Estima-se que pelo menos 7 milhões de ligações ainda são realizadas diariamente no velho e bom orelhão.

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