O Papa comentou que os pais não devem condenar as crianças e que o apoio psiquiátrico é recomendável em alguns casos.
Durante o retorno a Roma no último domingo, dia 26, o papa Francisco comentou que os pais não devem condenar crianças com tendência a homossexualidade. A declaração partiu da pergunta feita por um jornalista sobre o que ele diria aos pais que observassem orientações homossexuais nos filhos.
“Eu diria, em primeiro lugar, que rezem, que não condenem. Dialoguem. Entenda. Dê espaço para a criança”, afirmou o papa.
Ele ainda recomendou a ajuda psiquiátrica em alguns casos.
“Quando é observado a partir da infância, há muito que pode ser feito por meio da psiquiatria, para ver como são as coisas. É outra coisa quando se manifesta depois dos 20 anos”, disse Francisco, segundo a France Presse.
O pontífice finalizou afirmando que o silêncio dos pais não é a melhor solução. “Ignorar a criança com essa tendência mostra falta de maternidade e paternidade. Esta criança tem o direito a uma família. E a família não está jogando essa criança fora”, completou o papa.
A afirmação gerou controvérsias por parte de associações que defendem os direitos da comunidadee LGBT. A agência France Presse Clémence Zamora-Cruz, porta-voz da Inter LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) condenou a fala de Francisco, afirmando se tratar de declarações “que fazem referência à ideia de que a homossexualidade é uma doença”.
A agência SOS Homofobia também criticou as palavras do papa por serem “graves e irresponsáveis (que) incitam o ódio contra as pessoas LGBT em nossas sociedades já marcadas por altos níveis de homofobia”, reagiu no Twitter a organização.
