Países mais vulneráveis podem ter mais impactos negativos em meio à pandemia

As Nações Unidas advertiram nesta terça-feira (21) que a pandemia do novo coronavírus pode provocar fome em países já vulneráveis com a paralisação do comércio e o choque nos mercados financeiros.

A advertência ocorre em um momento em que as mortes por COVID-19 superam as 174.000 no mundo e os contágios passam dos 2,5 milhões.
Os governos se mostram ansiosos por suspender o confinamento e a paralisação de suas economias devido à crise sanitária, mas muitos líderes temem que um retorno à atividade dispare uma nova onda de contágios.

Paralelamente, é enorme a preocupação com os crescentes custos econômicos e a tensão social produzidos pelo confinamento de metade da humanidade.
O impacto econômico da pandemia pore provocar uma “catástrofe humanitária”, dobrando o número de pessoas que sofrem com a fome no mundo, para 265 milhões este ano, advertiu o Programa Mundial de Alimentação (PMA) da ONU.
“Estamos à beira de uma pandemia de fome”, advertiu o diretor do PMA, David Beasley, ao Conselho de Segurança durante uma viodeoconferência.
“Milhões de civis que moram em países afetados por conflitos, inclusive muitas mulheres e crianças, estão à beira de sofrer fome, com o fantasma da fome extrema como uma possibilidade muito real e perigosa”, advertiu Beasley, acrescentando que este cenário pode ocorrer em cerca de trinta países.
Enquanto o PMA fazia esta advertência sombria, os ministros da agricultura do G20 prometiam assegurar um fornecimento “suficiente” de alimentos para os “mais pobres, os mais vulneráveis e os deslocados”

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