Apesar da boa estrutura, limpeza e segurança do local, frequentadores reclamam da presença de pedintes em situação de rua

A mais antiga praça de Fortaleza é um ponto de encontro para quem gosta de pedalar na ciclofaixa de lazer nas manhãs de domingo, assim como para famílias que querem levar as crianças para andar em meio às árvores e observar o mar. A Praça dos Mártires, conhecida como Passeio Público, no Centro, está bem preservada, com ambiente limpo, chafarizes com peixes (o que evitaria a criação de focos de mosquitos no local) e serviço de vigilância 24 horas por dia.

“Sempre que chegamos ao Centro gostamos de parar no Passeio porque é um ambiente agradável de estar, além de ser seguro”, afirma Helder Vasconcelos, 42, gerente de marketing e integrante de um grupo de pedal que sai do Cocó para percorrer alguns pontos importantes da Cidade.

“Minha infância foi por aqui”, lembra o advogado e professor Hélio Winston Leitão, 51. “Meu pai tinha um posto de gasolina próximo do Passeio na década de 80 e eu passava muito aqui em frente, mas a situação era bem diferente de agora. Antes a praça não era bem vista, já que tinha muitos marginais, usuários de drogas e pessoas dormindo nos bancos. Ainda bem que ela voltou a pulsar de novo. O Passeio é um importante marco histórico da cidade”, ressalta.

Fins de semana de sol

FORTALEZA, CE, BRASIL, 13.02.2022: Movimentação no Passeio Publico no domingo de manha (Foto:Thais Mesquita/OPOVO)
FORTALEZA, CE, BRASIL, 13.02.2022: Movimentação no Passeio Publico no domingo de manha (Foto:Thais Mesquita/OPOVO) (Foto: Thais Mesquita)

Segundo o serviço de vigilância do local, a movimentação nos finais de semana de sol chega a 500 frequentadores e muitos aproveitam o passeio para fazer refeições no quiosque que abre a partir das 11 horas. Próximo à praça há outras opções de lazer como o Sobrado Casa Dr. José Lourenço, com atividades de terça-feira a sábado, e o Museu da Indústria, que fecha às segundas-feiras e possui um café aberto ao público.

A equipe do O POVO esteve no local na manhã do domingo, 13, e verificou que apesar das boas condições da praça, alguns frequentadores se sentiram incomodados pelas abordagens de pedintes. Diante da informação de que algumas pessoas em situação de rua tentavam utilizar os chafarizes para banho, o que é proibido, a reportagem contatou a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) para saber se haveria alguma ação específica para a população de rua do entorno.

A assessoria informou que dos três centros de higiene disponíveis na Cidade, dois estavam instalados no Centro: Praça Clóvis Bevilaqua (Praça da Bandeira) e na avenida Dom Manuel nº 720. O terceiro está localizado na Parangaba. Sobre as ações, a SDHDS disse ainda que as ações no local são as relacionadas ao centro da cidade, como a oferta de vagas na pousada social, centro de convivência e a abordagem feita por agentes que percorrem as praças.

Fonte: O Povo Online


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