Operação investiga grupo por fraudes e desvios de verbas do SUS no Estado
A Polícia Federal, o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Procuradoria da República deflagraram nesta quarta-feira, 13, a Operação Custo Político contra organização que desviava recursos da saúde no Amazonas. Segundo a Controladoria, o objetivo é apurar “novos fatos” relativos à Operação Maus Caminhos, desencadeada em setembro de 2016, que desarticulou um grupo por fraudes e desvios de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas.
“Com o avanço das investigações da Operação Maus Caminhos evidenciou-se um esquema criminoso maior e mais complexo, com envolvimento de ex-secretários do governo do Amazonas”, destaca a Controladoria. “Esses agentes públicos recebiam propina periodicamente da organização social para priorizar e agilizar as liberações de contratos e recursos destinados ao Fundo Estadual de Saúde.”
A Operação Custo Político saiu às ruas logo cedo para cumprimento de três mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária, 27 de condução coercitiva, 27 de busca e apreensão, além de 18 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis – incluindo uma aeronave – , em Manaus, Brasília, São Paulo e Recife.
Seis auditores da CGU e 135 policiais federais foram mobilizados para a Custo Político. Os investigados devem responder, dentre outros crimes, por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
A primeira fase da operação teve início em análise da CGU sobre concentração atípica de repasses do Fundo Estadual de Saúde à organização social Instituto Novos Caminhos (INC), destaca a Controladoria.
De abril de 2014 a dezembro de 2015, a entidade recebeu mais de R$ 276 milhões para administrar duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em Manaus e Tabatinga, e um centro de reabilitação para dependentes químicos, no município de Rio Preto da Eva. Com informações do Estadão Conteúdo.
Fonte: Notícias ao Minuto
Por: MP