O piloto confessou que foi contratado para levar os chefões do PCC do Ceará para São Paulo

Gegê do Mangue e Paca juntos 2

“Gegê do Mangue” e “Paca” foram atraídos para uma emboscada e acabaram mortos em Aquiraz

O piloto do helicóptero que transportou os “chefões” do PCC para o local onde eles foram mortos, na tarde do último dia 15, já foi identificado pela Polícia e teve prisão preventiva decretada no fim de semana. Felipe Morais já confirmou ter transportado os dois homens até Aquiraz, onde ambos foram mortos, a tiros, na Reserva indígena Lagoa Encantada. Temendo ser executado numa “queima de arquivo”, o piloto está escondido, mas promete se apresentar à Polícia nesta semana.

Felipe Morais revelou ao seu advogado ter sido contratado para transportar Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”; e Fabiano Alves de Souza, o “Paca”, do Ceará para São Paulo. No helicóptero estavam seis pessoas. Além de dois seguranças, um dos passageiros era o mandante ou o intermediário do crime, o também bandido do PCC, Wagner Ferreira da Silva, o “Waguinho” ou “Cabelo Duro”. Ele determinou ao piloto a aterrissagem na reserva, onde ocorreu o crime.

Conforme relato do piloto, “Cabelo Duro”, planejou o crime. Felipe Morais diz ainda que viu “Gegê do Mangue” e “Paca” serem assassinados, e teve que fazer a “escala” por ordem de “Cabelo Duro”, mas ressalta que não houve nenhuma pane na aeronave que pudesse levar a um pouso forçado. “Foi tudo planejado”, afirmou.

Prisões

Após o crime, o helicóptero seguiu sua rota, indo para São Paulo, onde “Cabelo Duro” acabou sendo assassinado na última quinta-feira (22), em frente a um hotel de luxo no bairro Jardins, na zona nobre da Capital paulista. Para a Polícia, há duas hipóteses para o crime: “queima de arquivo” ordenada por Marcos William Herbas Camacho, o “Marcola”, o líder da facção PCC; ou, ainda, vingança dos familiares e amigos de “Gegê do Mangue” e de “Paca”.

A Polícia do Ceará segue na investigação sobre o duplo assassinato, com base nas informações que estão sendo repassadas pelas autoridades de São Paulo.

Além do piloto, outras pessoas também tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça paulista na última sexta-feira. No entanto, seus nomes não foram divulgados. Seriam todas ligadas à facção PCC.

 

 

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