De acordo com informações da FAB, o bimotor foi abordado pelos A-29 enquanto sobrevoava o estado do Amazonas na quinta-feira, 8. A aeronave foi classificada como suspeita durante investigação da Polícia Federal.
Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou uma aeronave que carregava mais de 500 quilos de drogas. O bimotor Beechcraft Baron 58 foi obrigado a pousar por dois caças Embraer A-29 Super Tucano da FAB, sob risco de ser abatido pelos militares.
De acordo com informações da FAB, o bimotor foi abordado pelos A-29 enquanto sobrevoava o estado do Amazonas na quinta-feira, 8. A aeronave foi classificada como suspeita durante investigação da Polícia Federal.
Os militares executaram as medidas de policiamento do espaço aéreo previstas na chamada Lei do Abate. A norma, aprovada em 1998, autoriza a derrubada de aeronaves civis que entrarem no espaço aéreo brasileiro sem autorização, ou que se recusem a obedecer às ordens da autoridade competente.
Os dois pilotos obedeceram à ordem de pouso, mas a operação ocorreu em uma área de pasto nos arredores de Porto Velho, em Rondônia, em uma tentativa de facilitar a fuga. Um deles foi preso logo em seguida e o outro ainda não foi localizado. Na aeronave, a polícia encontrou 578,5 quilos de cocaína.
A operação fez parte da Operação Ostium, parceria da PF e da FAB para coibir o tráfico de drogas e outros crimes na região de fronteira. “Nesse tipo de missão nós percebemos a importância do trabalho conjunto da FAB com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança. Ressaltando o comprometimento dos militares da FAB, que estão 100% envolvidos e dedicados a garantir uma navegação aérea segura”, destacou o Comandante de Operações Aeroespaciais da FAB, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas.
A aeronave em questão, registrada sob a matrícula PR-MEH, pertence, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a Samuel de Souza Abreu, que também é definido como o operador do Baron 58. Cadastrado como avião de categoria de serviços aéreos privados, tem seu certificado operacional válido até setembro de 2021.