Usuários deverão aderir a planos que variam entre R$ 8 (diário) e R$ 160 (anual)

Após uma breve suspensão, o programa Bike Sampa está sendo relançado nesta terça-feira (30) com regras novas. Entre as mudanças no sistema de compartilhamento de bicicletas da Prefeitura de São Paulo está a liberação dos veículos por meio do Bilhete Único e o uso por até 12 horas seguidas.

As novidades já vinham sendo prometidas pela gestão João Doria (PSDB) desde o ano passado. A mudança do sistema, no entanto, começou a ser feita no último dia 19, o que exigiu a suspensão dos empréstimos, que vinham sendo feitos no modelo antigo, nos últimos dias.

Nessa nova versão, não haverá mais o compartilhamento gratuito na primeira hora de viagem. Todo usuário tem que ter um plano pago ativo para a retirada da bicicleta. Eles podem ser diário (R$ 8), de três dias (R$ 15), mensal (R$ 20) e anual (R$ 160).

A contratação do serviço poderá ser feita pelo aplicativo Bike Itaú (disponível para Android e IOS) e pelo site, com o uso do cartão de crédito. Já o pagamento em dinheiro passa a ser possível, mas só para os planos mensal e anual, em um ponto de atendimento na rua José Bento, 314.

Ao todo, serão 25 estações com 250 bicicletas. A retirada em cada uma delas pode ser feita com o cartão do usuário (opcional na hora da contratação do plano), com o código disponibilizado no app ou com o Bilhete Único, que deverá ser cadastrado na contratação do plano.

O usuário poderá usar o serviço quantas vezes quiser dentro do tempo previsto pelo plano, mas ainda seguindo a regra antiga de viagens de até 60 minutos, com intervalos de 15. Caso o período de uso ou de intervalo sejam violados, uma taxa de R$ 5 será cobrada por cada hora excedente.

A cobrança da “multa” será feita diretamente no cartão de crédito cadastrado ou com a emissão de boleto, em caso de pagamento em dinheiro. Nesse segundo caso, a pessoa só poderá voltar a usar as bikes 24 horas depois do pagamento.

O Itaú continua a ser o patrocinador do programa, que terá a empresa Tembici. como operadora do sistema e a PBSC Urban Solutions como fornecedora.

A expectativa da prefeitura é que até o final do semestre sejam 260 estações com 2.600 bikes.

‘DORMINDO’ EM CASA

A exceção ao prazo de 60 minutos serão as cinco Estações Bikes, que permitirão o uso das bicicletas por até 12 horas seguidas. Prevista para entrar em vigor em 2 de março, essa modalidade de compartilhamento estará restrita a cinco terminais de ônibus.

Em julho do ano passado, o secretário municipal de Transportes, Sérgio Avelleda, já tinha exemplificado como vai funcionar esse tipo de compartilhamento. “A pessoa chega em Itaquera, pega a bicicleta, a leva para casa e pode usá-la no dia seguinte para voltar à estação. Se tiver só 30 minutos, não vai querer [alugar uma bike]”.

“Esse serviço tem uma característica que chamamos de ‘a última milha’, a conexão entre estações de metrô e um prédio comercial, uma universidade, uma residência. Tem que se integrar com o sistema de transporte público. Os grandes pontos de chegada e de partida terão prioridade na instalação das estruturas”, disse.

As estações escolhidas para receber essa modalidade de compartilhamento são: os terminais de ônibus de Itaquera e Tatuapé (zona leste); Capelinha e Jabaquara (zona sul); e Vila Nova Cachoeirinha (zona norte).

Usuário não cadastrado poderá comprar o plano ainda nos totens de autoatendimento, que estarão disponibilizados em cerca de 30% das estações.

Inicialmente, o sistema de compartilhamento de bicicletas fazia parte do projeto de lei 367/2017, do Executivo, que trata da concessão de parques, terminais de ônibus, Bilhete Único e mercados e sacolões, mas foi retirado para dar lugar ao decreto.

O compartilhamento de bicicletas acontece em São Paulo desde 2012. Atualmente, o serviço conta com cerca de 800 mil usuários cadastrados, que já realizaram mais de 2,4 milhões de viagens na capital paulista. Com informações da Folhapress.

Fonte: Notícias ao Minuto

Por: MP

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