O psicólogo ressaltou que a preocupação maior do clube quase sempre é com a parte física
O psicólogo Samuel Alcântara analisou a situação do atacante Arthur: “É preciso enfatizar que é natural um jovem de 20 anos, ao ocupar um papel de liderança em um grande clube da primeira divisão de um torneio tão importante como o Campeonato Brasileiro, apresente um certo excesso. Principalmente, no momento em que o Ceará vive no campeonato, recai sobre o Arthur”.
Samuel ressalta ainda que a preocupação maior do clube quase sempre é com a parte física. E não deve ser assim. “Costuma-se dar uma grande ênfase ao preparo físico e técnico dos atletas. No futebol brasileiro, os aspectos psicológicos básicos geralmente são negligenciados.
No episódio específico ocorrido no jogo entre Ceará e Botafogo, é perceptível que alguns elementos da partida contribuíram para a queda de rendimento do Arthur. É preciso estar sempre atento e advertido para que a sobrecarga emocional do atleta não gere constantes passagens ao ato”.
O psicólogo diz ainda: “O atleta é um ser humano, com características próprias e uma história de vida singular. É importante que, independentemente do esporte, atletas deem atenção às suas narrativas pessoais”.
Fonte: Diário do Nordeste