Depois de um confronto tenso e cheio de expectativa, que culminou com uma grande vitória sobre a Argentina, Tite sabe que sua missão missão logo nos primeiros minutos dessa quarta-feira, à 00h15 (horário de Brasília), é fazer com que seus jogadores mantenham o padrão e o desempenho também contra o Peru, no estádio Nacional, em Lima, na última partida da Seleção Brasileira nesse ano.
“É um grande momento do Peru, isso gera um resultado, desempenho e confiança. Isso faz com que o nível do jogo seja mais alto”, avisou o técnico brasileiro, usando a goleada peruana sobre o Paraguai na rodada anterior como maior alerta. “O Peru entrou na briga pela classificação, nós estamos na briga. Tem uma marca: jogar bem. Não podemos controlar resultado, mas esse desempenho é o que nos envolve”, completou o gaúcho.
E o discurso de Tite não é da boa para fora. Quando questionado sobre os pontos fortes de seu adversário nesta 12ª rodada das Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018, o comandante brasileiro evitou inclusive mostrar o que sabe e para o que tem preparado o time pentacampeão mundial e líder da competição.
“Eu tenho muito cuidado para não passar diagnóstico meu também, não passar o que o Peru tem de armas principais. O Gareca vai estar ouvindo, o Guerrero ouvindo, já me conhece. Eu vou enrolar, mas é um pouco de segurar estratégia e saber da força do Peru e as características dos jogadores. Sei reconhecer a força e o momento que o Peru está”, reconheceu.
A seleção peruana é apenas a oitava colocada, com 14 pontos, mas, com a reação nos últimos jogos, voltou a sonhar com a vaga na Copa da Rússia. A diferença para a quinta posição, que garante ao menos uma chance na repescagem e hoje é do Chile, é de apenas três pontos. E Tite sabe que esse desejo do Peru em vencer o Brasil e se manter na disputa passa muito pelos pés de Cueva e Guerrero.
“Todos os jogadores, inclusive o Cueva e o Guerrero, são jogadores que têm de ter um cuidado importante. Nós temos essa condição. São jogadores importantes, sim. Não retiro o que disse lá atrás, sobre a possibilidade deles jogarem, mas, podemos diminuir as ações. É isso que vamos fazer”, concluiu, usando o mesmo discurso que antecedeu o duelo contra Messi e que no fim deu certo.