Técnicos do órgão não convenceram e nem esclareceram sobre dúvidas geradas no seio da comunidade
Uma reunião patrocinada pela COGERH (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos), a comunidade que vive no entorno do estuário do Cauípe em Caucaia, políticos e lideranças comunitárias, realizada nesta segunda-feira (04), para tratar da captação de água no local, terminou sem os esclarecimentos desejados pela população envolvida no assunto.
Técnicos do órgão e moradores debateram o que já está sendo posto em marcha pelo Governo do Estado; A captação de água para uso humano e também o abastecimento das empresas situadas no entorno do Complexo Industrial do Pecém. Apesar das informações apresentadas pelos técnicos, baseadas em estudos, a maioria absoluta dos moradores não ficou convencida de que a retirada da água não não impactará de forma negativa em suas vidas.
Segundo os moradores se o projeto prosseguir os impactos serão sim desastrosos. Serão afetados os comerciantes que atuam no entorno da área. Os pescadores e criadores que se utilizam da água e, a população que necessita da água para o abastecimento de suas necessidades básicas.
Porém no final da reunião veio a decepção dos moradores, quando foi anunciado que as obras planejadas já estão licenciadas pelos órgãos ambientais e, que as obras terão prosseguimento observando-se o cronograma já traçado pelo governo d estado.
Foi ainda sugerida a composição da Comissão de Acompanhamento da Operação Lagamar do Cauípe, composta por um membro de cada uma das 27 comunidades envolvidas nas discussões, além de um membro das seguintes entidades: MAB, Ministério Público, Prefeitura Municipal de Caucaia, Prefeitura Municipal de São Gonçalo, Câmara Municipal de Caucaia, Câmara Municipal de São Gonçalo e Conselho da APA do Cauípe.
Entenda o caso
Em função da dificuldade de abastecimento hídrico que passa o Ceará, o Governo do Estado, através da COGERH, está pondo em marcha o projeto de captação de água da área alagada do estuário do Cauípe. A água captada será distribuída para atender ao consumo humano e também abastecer às empresas no entorno do Complexo Industrial do Pecém.
Outras reuniões já haviam sido realizadas com a comunidade, porém por exigências da própria comunidade, a COGERH deveria apresentar mais dados provenientes de estudos que mostrem que não há danos e prejuízos para todos que vivem no entorno da área.
Reações
Com a afirmação de que as operações continuarão, várias lideranças se mostraram decepcionadas e apreensivas e garantiram que haverá reações no sentido de tentar barrar o projeto já em execução por parte do Governo do Estado.