Artista teve fortuna avaliada em 1,7 bilhão de dólares, dos quais maior parte vem de empresa de cosméticos
A cantora e empresária Rihanna, 33 anos, entrou oficialmente para o ranking de bilionários do mundo nesta quarta-feira (4). A fortuna da artista é avaliada em US$ 1,7 bilhão, o que equivale a R$ 8,8 bilhões, e a coloca como a cantora mais rica do mundo. As informações são da Forbes.
Embora tenha alcançado a fama como cantora, Robyn Rihanna Fenty alcançou o patrimônio atual a partir da sua atuação no ramo da beleza. Em 2017, ela lançou a Fenty Beauty, uma empresa de cosméticos no modelo joint-venture 50-50 com o conglomerado francês de bens de luxo LVMH, administrado por Bernard Arnault, a segunda pessoa mais rica do mundo.
A marca, que busca inclusão de mulheres de todos os lugares do mundo dada a ampla gama de cores, rendeu sozinha à artista cerca de U$ 1,4 bilhão do bruto de sua fortuna. O resto do montante é fruto de negócios de sua empresa de lingerie, Savage X Fenty, que tem valor estimado de US$ 270 milhões, além de seu ganhos como artista.
Na indústria do entretenimento, a nova bilionária fica atrás apenas da apresentadora Oprah Winfrey.
MONETIZAÇÃO
Com mais de 103 milhões de seguidores no Instagram, Rihanna não é a única celebridade a monetizar sua presença nas redes sociais para construção de uma marca de beleza: a socialite e influencer Kylie Jenner, 23 anos, com 254 milhões de seguidores, também participa desse mercado. A cantora, porém, é a empresária do segmento mais bem-sucedida.
Dois anos após inclusão em lista de bilionários, a fundadora da marca Kylie Cosmetics foi retirada oficialmente da lista da publicação. O motivo teria sido uma inflação de valores apresentados por ela e Kris Jenner, sua mãe e empresária, em documentos à revista. A fortuna de Kylie, atualmente, é avaliada em US$ 700 milhões.
Além dela, a socialite Kim Kardashian, com a KKW Beauty, e a atriz Jessica Alba, com a Honest company, participam do mercado de cosméticos.
PRODUTOS
Os produtos de Rihanna, disponibilizados on-line e nas lojas Sephora — também propriedade da LVMH —, tiveram sucesso instantâneo. Em 2018, primeiro ano de operação da marca, a linha gerava mais de US$ 550 milhões em receitas anuais.
Conforme Shannon Coyne, cofundadora da consultoria de produtos de consumo Bluestock Advisors, Rihanna foi uma das primeiras pessoas a aparecer e criar produtos para contemplar uma ampla variedade de clientes — a marca, por exemplo, oferece uma base em 50 tons. “Muitas mulheres não encontravam produtos que se ajustassem ao seu tom de pele. Era claro, médio, médio escuro e escuro”, diz.
INVESTIMENTOS EM BELEZA
Apesar da queda na venda de cosméticos durante a pandemia, empresas de beleza como a Estée Lauder e a L’Oreal passaram a valer mais do que nunca. Os grupos de cosméticos viram suas ações se recuperar e ser negociadas a 7,5 vezes ou mais do que a receita anual. Marcas independentes, como Beautycounter e Charlotte Tilbury, também ficaram avaliadas em bilhões.
Com os ganhos nas negociações das empresas de beleza, a Forbes estima que Fenty Beauty chegou ao patamar de US$ 2,8 bilhões. E o crescimento só deve continuar: a LVMH, em relatório anual de 2020, afirmou que a marca, considerada “premium”, teve um “início muito promissor” e gerou um “burburinho sem precedentes”.
OUTRAS MARCAS DE RIHANNA
Já a linha de lingerie Savage X Fenty arrecadou US$ 115 milhões em uma captação, chegando a ser avaliada em US$ 1 bilhão. Lançada em 2018, a marca é uma joint-venture com o TechStyle Fashion Group, e tem participação acionária de 30% pela cantora.
Apesar dos lucros gigantes, nem tudo que Rihanna toca vira ouro. Ela e a LVMH encerraram as atividades da grife Fenty, lançada em 2019 e impactada pela pandemia de Covid-19. A última coleção dessa marca foi lançada em novembro de 2020.
Em relação ao mercado musical, a cantora não lança álbuns desde 2016, quando divulgou “Anti”.
Fonte: Diário do Nordeste