A Olimpíada do Rio de Janeiro pode não ter sido perfeita, mas os organizadores superaram as expectativas, levando em conta a situação política e econômica do Brasil, afirmou o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira.
Primeira sede olímpica da América do Sul, o Rio teve que lidar com uma crise política prolongada no Brasil, a pior recessão no país em décadas e uma série de problemas de organização devido à falta de verba.
Houve uma verdadeira corrida de obstáculos para os organizadores na reta final de preparação, e o COI teve que injetar centenas de milhões de dólares de sua contribuição total antes do início do evento.
“Do ponto de vista operacional, tudo funcionou”, disse o diretor-executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi, a repórteres. “Foram perfeitos? Não. Mas vendo os resultados, realmente podemos tirar o chapéu. É incrível o que eles realizaram, considerando seu ponto de vista”, disse.
Dubi disse que o COI ficou satisfeito com os Jogos, especialmente com o desempenho dos atletas, que quebraram 100 recordes mundiais e olímpicos e deram a vários países suas primeiras medalhas, e com a cobertura global da mídia, que superou recordes anteriores.
“Cumprimos bem a meta quando você considera o dinheiro que foi gasto nestes Jogos”, afirmou Dubi.
O Rio conquistou o direito de sediar o evento em 2009, durante um período de crescimento econômico no Brasil e de expectativas diferentes do COI por ser anterior à crise política e à recessão econômica.
Diante dos problemas, os organizadores tiveram que lidar com uma enxurrada diária de questionamentos e críticas em relação à organização, e o começo dos Jogos foi marcado por problemas na entrada de torcedores nas arenas, o que resultou em assentos vazios.
A avaliação geral do evento, no entanto, foi positiva.
“Algumas pessoas classificaram como os mais perfeitos dos Jogos imperfeitos”, disse o porta-voz do COI, Mark Adams. “Realmente é uma definição muito boa”.