Apesar de acometer mais idosos, a doença silenciosa atinge também pessoas mais jovens. Sedentarismo e sobrepeso são fatores de risco
Nesse último fim de semana, a ex-BBB Josy Oliveira veio a óbito após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Com apenas 43 anos, a cantora foi vitima de uma das causa mortis mais comuns no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). O derrame, como a emergência médica é conhecida, tem mais incidência em pessoas idosas, mas pode afetar também os mais novos.
O AVC acontece quando os vasos responsáveis por levar sangue ao cérebro se rompem ou entopem. Sem a circulação sanguínea, uma parte do órgão acaba paralisando, motivo pelo qual a pessoa que sofre o derrame apresenta sintomas como dificuldade para andar, para falar ou para entender algo. O paciente também pode sentir dormência ou paralisia na face, no braço ou na perna.
“O AVC acomete, principalmente, idosos a partir de 60 anos.” explica Renata Jucá, professora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e uma das responsáveis pelo projeto Rede CuidAVC, grupo de pesquisa que busca informar sobre a importância da prevenção e cuidados envolvendo Acidentes Vasculares Cerebrais. “Os fatores de risco que mais predispõe ao AVC são o sedentarismo, a obesidade, o sobrepeso, a hipertensão arterial, cardiopatias – doenças do coração – colesterol alto e triglicérides”, continua a especialista.
Conforme levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), entre 1º de janeiro deste ano até o dia 16 de outubro, um total de 78.649 pacientes com AVC foram a óbito no País. Dessas vítimas, a grande maioria era de homens com idade entre 70 e 79 anos e mulheres entre 80 e 89 anos.
Renata Jucá também indica que a doença comumente atinge pessoas com predisposição à dilatação dos vasos sanguíneos. “O aneurisma cerebral, quando se rompe, é um AVC”, esclarece a professora da UFC.
“Os jovens que sofrem AVC, ou eles possuem alguma formação arteriovenosa – que predispõe à formação de coágulos ou de artérias que fazem aneurisma – ou eles fazem uso de algum alguma droga ilícita, que aumenta a chance de ter um AVC”, explica a professora Renata Jucá.
Atenção aos sintomas
A professora Renata alerta para os possíveis sintomas do mal súbito já que, com o diagnóstico antecipado, é possível minimizar as sequelas. Alguns dos sinais são: boca torta, fala embolada, fraqueza de um lado do corpo, escurecimento de vista, além de uma dor de cabeça súbita que, geralmente, acompanha algum desses outros sintomas. “[Ao confirmar os sintomas] O indivíduo deve ser levado imediatamente para o Hospital Geral de Fortaleza, que é o hospital de referência da região, ou chamar o SAMU para que ele encaminhe para algum desses hospitais de referência o mais rápido possível”, completa a profissional da saúde.
Fonte: O Povo Online