Pacientes foram internados em hospitais privados de Fortaleza. Doença pode estar relacionada a toxina do peixe
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) investiga em Fortaleza dois casos suspeitos da síndrome de Haff, mais conhecida como “doença da urina preta“, comumente relacionada a uma toxina presente em determinados peixes e crustáceos.
Os pacientes, que não pertencem à mesma família, foram internados em hospitais privados da capital cearense após ingerirem peixe da espécie arabaiana.
Segundo registro do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs/CE), uma mulher de 57 anos começou a sentir fortes dores abdominais e na cervical 24 horas após a ingestão do pescado. Ela foi internada no último dia 10 de agosto. Os sintomas também foram associados à urina escura.
Já um idoso de 81 anos, que tem a doença de Parkinson, também apresentou dores musculares e nas articulações associadas a urina escura após consumir o mesmo tipo de peixe. Ele foi internado em 10 de agosto.
Segundo a Sesa, o idoso teve alta hospitalar, a pedido da família, na última segunda-feira (16). A família dele guardou uma amostra do peixe para análise da vigilância, se necessário. Já a mulher também teve alta, mas por melhora do quadro clínico, na terça-feira (17).
O QUE É SÍNDROME DE HAFF
Com causas pouco conhecidas, a doença se caracteriza por uma síndrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, a qual predispõe ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular.
Os acometidos pela doença podem apresentar dores musculares intensas, acometendo principalmente a região cervical, membros inferiores e superiores.
OUTROS SINTOMAS SÃO:
- Urina cor de café;
- Falta de ar;
- Dormência;
- Perda de força no corpo.
Fonte: Diário do Nordeste