Presidente do Conselho de Segurança pediu “explicações”
O Conselho de Segurança Pública do Nordeste (Consene), órgão integrado pelos secretários da Segurança dos nove estados da região, decidiu “peitar” o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pela publicação do Anuário da Violência no Brasil. O presidente do Conselho, Maurício Teles Barbosa, secretário da Segurança da Bahia, enviou um “pedido de explicações”, para saber que tipo de metodologia e qual a base de dados que o Fórum usa em suas pesquisas.
Barbosa diz que, “todos os anos somos bombardeados com pesquisas que colocam que colocam estados e cidades nordestinas como as mais violentas do país e do mundo. É uma inverdade que prejudica a nossa região em todos os sentidos”.
Em resposta, o Fórum informou que, “mesmo com a criação do Sistema Nacional de Informações da Segurança Pública, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública não logrou êxito em coordenar esforços metodológicos de classificação das ocorrências policiais e o referido sistema hoje não apresenta dados confiáveis”. Em outras palavras, se o Anuário da Violência usa dados do MJ para divulgar seus dados e, ao mesmo tempo, diz que esses dados não são “confiáveis”, a credibilidade da publicação cai por terra. Resumo da ópera: o Brasil não sabe verdadeiramente a quanto andam os índices de sua criminalidade. E no Ceará não é diferente. Os dados apresentados pela SSPDS passam longe da realidade da violência no estado.
O roubo de cargas no Brasil tornou-se um dos “negócios” mais rentáveis para as quadrilhas especializadas neste tipo de crime. Segundo dados da Associação Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística (NTC&Logística), no ano passado foram registrados, nada menos, que 24.563 casos de roubos de cargas, totalizando um prejuízo de R$ 1,36 bilhões. Isso representa um aumento de 27,5 por cento em comparação a 2015. A região Nordeste aparece em segundo lugar no ranking do roubo de cargas no Brasil (1.371 ocorrências no ano passado), ficando atrás somente do Sudeste que sozinho, responde por 84,6 por cento do total de ocorrências do gênero. As cargas mais visadas pelas quadrilhas são: alimentos, cigarros, combustíveis, eletrônicos, medicamentos, bebidas, têxteis e confecções, autopeças e produtos químicos.
Com informações do blogdofernandoribeiro..