Durante palestra, ministro também criticou mudança que proíbe a doação de pessoas jurídicas
Em meio a vaias e protesto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, falou sobre a reforma política durante evento realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (21).
Alguns participantes levantaram cartazes com os dizeres “Fora Gilmar” e “Vergonha”, além disso, usaram nariz de palhaço. Um dos presentes chegou a ser detido com tomates. Diante da reação, o ministro tirou por menos. “Absolutamente normal, faz parte da democracia”, disse.
Ao ministrar a palestra, Gilmar Mendes defendeu o semiparlamentarismo. “A mim me parece que seria um bom passo para o Brasil, para nos blindar de um sistema de crises que se repetem”, afirmou, ao relembrar que dos quatro presidente eleitos na Nova República, apenas dois concluíram os mandatos.
De acordo com informações do portal G1, o modelo semipresidencialista é um sistema de governo híbrido que une o parlamentarismo à preservação de alguns poderes do presidente eleito pelo voto direto.
“Deixaria essa proposta para análise, que nós pensássemos, senão em 2018, para 2022, em um regime que efetivasse o que ocorre na prática e sistematizasse uma blindagem, separasse as crises de governo das crises de estado”, analisa.
Ele também criticou a mudança que proíbe a doação de pessoas jurídicas e citou as últimas eleições municipais. “Qual a realidade? De 750 mil doadores, pelo menos 300 mil não teriam capacidade financeira. Tudo indica que já vivemos o fenômeno do uso de laranjas”.
Gilmar Mendes ainda defendeu a cláusula de barreira. “Tem que ter alguma cláusula de barreira, tem que ter um limite para essa numerologia de partidos, a possibilidade de ligações e que temos que ter um sistema racional de financiamento”.
Sabe, um ministro é um ministro!
Gilmar Mendes pode ter lá suas opiniões, porém, não vejo nenhum motivo para tomar um banho de tomate. Acho isso uma tremenda falta de respeito.