A Starlink, com sua tecnologia de órbita baixa, oferece conexão rápida.
Nos últimos anos, a conectividade se tornou uma necessidade básica para milhões de pessoas ao redor do mundo.
No Brasil, onde muitas regiões ainda sofrem com acesso limitado à internet, uma revolução silenciosa vem acontecendo no setor de banda larga via satélite.
O mercado, antes dominado por empresas tradicionais, tem passado por uma transformação significativa com a ascensão de uma nova tecnologia que promete conexão mais rápida e estável.
Com a crescente dependência da internet para trabalho remoto, educação e entretenimento, os desafios de conectar regiões isoladas ganharam ainda mais relevância.
As tecnologias convencionais, como fibra óptica e redes móveis, muitas vezes não conseguem alcançar áreas remotas devido a limitações de infraestrutura.
Nesse cenário, a internet via satélite se tornou uma solução viável, e a Starlink tem liderado essa inovação no Brasil.
Starlink líder de mercado
A Starlink, empresa de internet via satélite pertencente a Elon Musk, conquistou 58% do mercado brasileiro de banda larga satelital, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) referentes a dezembro de 2024.
Com 326,8 mil conexões ativas, a companhia cresceu rapidamente, superando concorrentes tradicionais e se consolidando como a principal fornecedora desse tipo de serviço no país.
A tecnologia utilizada pela Starlink, baseada em satélites de baixa órbita, tem sido um diferencial para essa expansão.
Diferentemente dos satélites geoestacionários, que operam a uma distância maior da Terra, os equipamentos da empresa de Musk proporcionam menor latência e maior velocidade de conexão, tornando-se uma alternativa atrativa para consumidores e empresas em regiões remotas.
Além disso, a instalação do serviço é simplificada, exigindo apenas um kit de recepção, o que facilita a adoção da tecnologia em locais de difícil acesso.
Outro fator que impulsionou o crescimento da Starlink no Brasil foi a ampliação do número de satélites ativos.
Com o lançamento frequente de novas unidades, a cobertura da empresa tem se expandido rapidamente, alcançando não apenas áreas rurais, mas também locais urbanos onde a infraestrutura de internet tradicional apresenta falhas ou congestionamentos.
Concorrência e participação de mercado
Enquanto a Starlink cresce de forma acelerada, sua principal concorrente, a Hughes, ficou com 171,2 mil acessos ativos, ocupando o segundo lugar no ranking da Anatel.
A Hughes utiliza satélites geoestacionários para fornecer conexão, uma tecnologia mais tradicional e amplamente utilizada antes da popularização dos satélites de baixa órbita.
No entanto, essa abordagem apresenta desvantagens, como latência mais alta e menor capacidade de expansão em curto prazo.
Na terceira posição, a norte-americana Viasat registrou 20,3 mil acessos, enquanto a Telebras aparece em quarto lugar com 17,6 mil acessos. Apesar da parceria entre essas duas empresas, a Anatel contabiliza seus dados separadamente.
A estatal brasileira, que representa apenas 3,1% do mercado, busca alternativas para expandir sua atuação na órbita baixa e competir de forma mais equilibrada com os líderes do setor.
Entre outras empresas que atuam na banda larga via satélite, a Claro ocupa a quinta colocação no ranking da Anatel, com 12,1 mil acessos, enquanto a Oi aparece em sexto lugar, com 2,6 mil acessos.
Esse cenário demonstra que, embora a concorrência ainda exista, a Starlink se consolidou como líder absoluta desse segmento.

Crescimento do setor e novos investimentos
O Brasil encerrou 2024 com 563,4 mil acessos ativos na banda larga via satélite, consolidando um mercado em expansão e cada vez mais competitivo.
Com a crescente demanda por conexão em regiões rurais e afastadas dos grandes centros urbanos, a tendência é que a tecnologia continue evoluindo e novas empresas tentem ampliar sua presença nesse segmento.
A Starlink, por sua vez, não pretende parar por aqui.
A empresa aguarda autorização da Anatel para o lançamento de 7,5 mil novos satélites de baixa órbita, o que pode aumentar ainda mais sua cobertura e a qualidade do serviço oferecido no país.
Se aprovada, essa expansão permitirá que mais brasileiros tenham acesso a uma internet de alta velocidade, reduzindo a exclusão digital e promovendo maior inclusão tecnológica.
Além disso, o impacto da Starlink pode ser sentido em diversos setores, como educação e saúde. Escolas em áreas remotas poderão ter acesso a conteúdos digitais de alta qualidade, facilitando o aprendizado e a integração de alunos ao mundo conectado.
Na saúde, hospitais e clínicas distantes dos grandes centros urbanos poderão contar com telemedicina e acesso rápido a bancos de dados médicos, melhorando a qualidade do atendimento.
No entanto, a chegada da Starlink ao Brasil também trouxe desafios regulatórios. A empresa enfrenta exigências da Anatel para garantir conformidade com as normas do setor e atender às demandas locais.
Outro ponto de discussão é a competição com provedores nacionais, que podem sofrer com a perda de clientes devido à superioridade tecnológica da empresa de Elon Musk.
Com essa expansão, a expectativa é que a Starlink se torne ainda mais dominante no mercado nacional, tornando-se uma opção viável para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso a uma internet de qualidade.
A concorrência terá que se adaptar rapidamente para não perder espaço em um setor que está evoluindo a passos largos.
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