O tremor foi detectado por volta das 10h41min. Em maio deste ano, outro evento também foi sentido no município, com 1.8 mR
Atualizado às 23h1min
Um tremor de terra foi registrado nesta segunda-feira, 16, no município de Beberibe, a 83 km de Fortaleza. O evento sísmico, de magnitude preliminar 1.4 mR, foi registrado as 10h41min. Segundo o Laboratório Sismológico (Labsis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que registrou o abalo, ainda não há informações de que moradores tenham escutado ou sentido o tremor.
O último evento registrado no município ocorreu no último dia 10 de maio, às 20h50min. Na época, segundo o Labsis, a magnitude preliminar registrada foi de 1.8 mR. No Ceará, o último evento semelhante ocorreu no dia 23 de julho, no município de Maranguape, distante 26 km da Capital. O abalo sísmico também foi de 1.8 mR de magnitude.
“Os tremores acontecem em razão da atividade das falhas geológicas, devido a pressão submetida no interior da Terra”, explica o mestre em geofísica e técnico do LabSiS, Eduardo Menezes. De acordo com o especialista, eventos sísmicos como o desta segunda-feira raramente são percebidos pela população pois, em geral, tremores significativos são superiores a 1.5 mR e 1.6 mR
Recentemente, outros tremores também foram detectados nos municípios de Sobral, no dia 6 de julho, com magnitude de 1.5; em Santa Quitéria, no dia 4 de julho, com 2.0 mR; e em Cariré, no dia 9 de julho, com 1.8 mR. Além do Ceará, o Labsis também registra eventos sísmicos em toda a região Nordeste do País.
Segundo Eduardo, por ser uma região sismicamente ativa, eventos de magnitudes menores são comuns de serem detectados na cidade e em municípios adjacentes, bem como nos estados do Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia. Somente o Nordeste representa cerca de 50% a 60% de toda a atividade sísmica do brasil.
Rede Sismográfica
O Laboratório Sismológico da UFRN pertence à Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), uma organização pública responsável por monitorar a sismicidade do território nacional através de suas quase 100 estações espalhadas pelo País. As estações são operadas pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) e Observatório Nacional (ON). A RSBR conta ainda com o apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM).
Fonte: O Povo Online