
O “pano de fundo” desta movimentação são as eleições de 2026
O Partido Solidariedade, tem novo comando no Ceará. O ex-deputado federal Vaidon Oliveira assumiu a presidência da agremiação em meio a conversas sobre uma federação com o PRD, do vereador Michel Lins. A aproximação das siglas mira a composição de uma chapa competitiva para a Câmara dos Deputados, em 2026.
“É uma federação que casa bem o interesse dos dois partidos, 98% dos interesses estão bons para ambos os partidos, PRD e Solidariedade”, afirma Michel Lins.O parlamentar esteve em Brasília conversando com os presidentes nacionais do PRD, Ovasco Rezende, e do Solidariedade, Paulinho da Força, e confirmou que “há uma tendência de haver uma federação”, mas só deve ser oficializada em junho
Caso se confirme a movimentação, o comando da federação pode ficar nas mãos de Michel, mas isso ainda não está definido. A expectativa do vereador é que, juntos, PRD e Solidariedade façam de dois a três deputados estaduais e pelo menos um deputado federal.
“Acredito que o Vaidon somará muito e acredito que a gente consiga fazer um deputado federal”, analisa Michel Lins, que deve disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Ainda segundo o presidente do PRD no Ceará, a federação tende “naturalmente” a ficar na base do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), mas o apoio ainda será debatido em “conversa com o governador do Estado”.

O irmão de Vaidon, Tam Oliveira (União), assumiu o mandato de vereador ontem (29), na Câmara de Fortaleza, no lugar do vereador Soldado Noelio (União), licenciado. Tanto Vaidon quanto o irmão apoiaram o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), no segundo turno das eleições de 2024.
Com a troca no comando do Solidariedade, deixa o cargo George Lima, titular da Secretaria Regional 2, na gestão do prefeito Evandro . George foi candidato a prefeito em 2024 e deve disputar uma vaga na Câmara Federal em 2026. A candidatura do secretário deve ocorrer pelo Republicanos, para onde deve migrar.
Federações priorizam Câmara Federal
Além de PRD e Solidariedade, PSB, PDT, União Brasil, PP, PSDB e Podemos, entre outras siglas, articulam federações e fusões para 2026.
Com exceção do União e do PP, que têm grande representatividade na Câmara, as siglas se movimentam para superar a cláusula barreira, que impõe requisitos mínimos de votação para que os partidos tenham direito ao tempo gratuito de tv e rádio e a uma fatia do fundo eleitoral.
Para 2026, os partidos precisam eleger pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação; ou a obter, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.
Caso não alcancem pelo menos um desses critérios, pela cláusula barreira, os partidos perdem o acesso aos recursos do Fundo Partidário e à propaganda gratuita em rádio e televisão.
Atualmente, estão sob risco os partidos PDT (17 deputados federais), PSB (15), Podemos (15), Psol (13), Avante (8), PRD (5), Solidariedade (5), Novo (5) e Rede (1). Outras siglas têm mais de 40 deputados federais eleitos.
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