Segundo dados da PF, em 2015, foram registrados 230 pedidos de refúgio de venezuelanos em Roraima; 2.230 em 2016; e 6.438 até julho de 2017
Com o agravamento da crise política na Venezuela, aumentou o movimento de venezuelanos na fronteira com o Brasil, no estado de Roraima. Na madrugada desta segunda-feira (7), uma longa fila foi formada por centenas de estrangeiros à frente da sede da Polícia Federal (PF) em Pacaraima, cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela.
Segundo dados da PF, em 2015, foram registrados 230 pedidos de refúgio de venezuelanos em Roraima. Em 2016, esse número saltou para 2.230. Em 2017, até o mês de junho, foram registradas 6.438 solicitações.
Como explica o “G1”, os venezuelanos entram no Brasil por Pacaraima. Lá, eles preenchem um formulário para solicitação de visto de turismo e têm a entrada autorizada, com permanência de até 60 dias.
Nesta segunda, a fila começou a se formar às 4h da madrugada, sendo que o atendimento inicia às 8h. Nas primeiras horas do dia, 200 senhas foram distribuídas, assim como ocorre diariamente.
Moradores e pessoas que trabalham na região contaram ao “G1” que o movimento tem crescido na última semana, após a votação da Assembleia Constituinte, e a fila tem começado cada vez mais cedo.
A Polícia Federal em Roraima informou que a maioria dos venezuelanos que estão imigrando para Roraima são de Caracas. Mais de 58% deles são jovens de 22 a 25 anos do sexo masculino. 17,93% são estudantes; 6,21%, engenheiros; 4,83% são médicos; e 7,83%, economistas.
Os imigrantes vêm para o Brasil em busca de trabalho. O Ministério do Trabalho no estado (MTE-RR) registrou um número recorde de emissão de carteiras de trabalho a venezuelanos de janeiro a julho deste ano. Neste período, foram emitidas quase 3 mil carteiras a cidadãos da Venezuela. Em todo o ano de 2015, foram 257 documentos, e 1.331 em 2016.