Tiroteios e mortes se tornaram uma triste realidade na Grande Fortaleza. As execuções sumárias são diárias
Nos primeiros 40 dias de 2021, o Ceará já registrou mais de 300 assassinatos. A violência armada decorrente da guerra entre facções, os latrocínios e feminicídios, além dos homicídios comuns, se somam na estatística criminal no estado que, ao longo de todo o ano passado deixou 4.185 mortos em todo o estado.
Entre os dias 1º de janeiro e 9 de fevereiro (ontem), foram registrados no Ceará 332 assassinatos, sendo 100 casos na Capital, 91 na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), 69 crimes no Interior Norte e mais 72 casos no Interior Sul.
Entre os 332 assassinatos, figuram as mortes de dois agentes da própria Segurança Pública. Os crimes aconteceram entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro. O primeiro teve como vítima um policial militar, o cabo PM Cícero Marcos Viana dos Santos, 38 anos, morto a tiros na Estrada de Guanacés, no Município de Cascavel, na RMF.
No último dia 3, outro PM foi assassinado. Tratava-se do sargento Carlos Eduardo Pinheiro Gurgel, 42 anos, que foi morto, a tiros, quando estava no serviço de patrulhamento à pé no Centro de Fortaleza. O crime aconteceu em plena Avenida Duque de Caxias, após bandidos terem assaltado uma loja próxima do local onde o militar foi baleado.
Mortes em regiões
Na Região Metropolitana de Fortaleza, dos 91 homicídios já registrados neste ano, 75 aconteceram em janeiro e outros 16 nos primeiros nove dias de fevereiro. Foram 32 crimes em Caucaia, 11 em Maracanaú, 10 em Pacajus, 10 em Horizonte, sete em Cascavel, cinco em Aquiraz, , quatro no Eusébio, quatro em Itaitinga, três em Maranguape, dois em Paraipaba, dois em Chorozinho, além de um em São Gonçalo do Amarante.
No Município de Caucaia, os números da violência começam a cair diante de ações mais acentuadas do policiamento ostensivo geral e das ações de Inteligência.
Contudo, em outras cidades da Região Metropolitana de Fortaleza, como Cascavel, Pacajus e Horizonte, há uma tendência de crescimento nos índices criminais por conta da presença de facções e traficantes que decidiram fugir de Fortaleza.