BC diz que serão produzidos neste ano 450 milhões de unidades

A nota de R$ 200, com a imagem do lobo-guará, começa a circular hoje (2). Segundo o Banco Central (BC), será a sétima cédula da família de notas do Real. Serão produzidos neste ano 450 milhões de unidades. Ainda não foi divulgada a imagem da nova cédula.

A cerimônia de lançamento das novas cédulas será às 13h30 de hoje e será transmitida pelo canal do BC no YouTube.

O lobo-guará foi escolhido em pesquisa realizada pelo BC em 2001 para eleger quais espécies da fauna brasileira deveriam ser estampadas nas cédulas do país.

De acordo com o Banco Central, o lançamento da nova nota é uma forma de a instituição agir preventivamente para a possibilidade de aumento da demanda da população por papel moeda. Com cédulas de valor maior, as pessoas poderão sacar valores maiores com menos emissão de papel.

Polêmicas
O anúncio da criação da nova cédula gerou polêmicas. A Rede, o PDT e o Podemos entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade da nova cédula e apontando riscos de prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro, por exemplo, algo que foi negado pelo Banco Central.

Na última semana, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que o Banco Central apresentasse informações que justificassem o lançamento. Em resposta, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a cédula é “imprescindível”, legal e constitucional. E afirmou que o risco e incentivo a crimes como lavagem de dinheiro é “nulo”.

O anúncio também deu origem a memes e companhas na internet. Uma delas pedia que a cédula fosse estampada com um cachorro vira-lata caramelo, sob o argumento de que o animal é um símbolo brasileiro. Um abaixo-assinado criado com esse objetivo foi assinado por mais de 140 mil pessoas.

Conscientização ambiental
Especialistas consideram que a escolha do lobo-guará para ilustrar a cédula pode ter impactos positivos em termos ambientais, provendo mais discussões e visibilidade. Para o professor de ecologia Eduardo Bessa, da Universidade de Brasília, esse simbolismo pode promover mais conhecimento. Até porque o lobo-guará tem aparecido com frequência em áreas urbanas e também é vítima de atropelamentos com a expansão da malha rodoviária.


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