Dezenas de produtores compareceram à cidade de Itarema na última sexta-feira (22), em seminário que debateu o assunto

O Brasil é um dos principais países produtores de coco no mundo. E o estado do Ceará, desponta na liderança do ranking, tendo as cidades de Itarema e Acarau, como destaques.

No entanto, os produtores de coco seco, não estão nada satisfeitos e buscam por soluções para a crise que se abateu sobre o setor. E para tentar buscar uma saída, a Secretria de Recursos Hídricos do Estado, através do titular da pasta, deputado federal Robério Monteiro, realizou uma assembleia para discutir ações que possam mitigar a situação.

O evento realizado na tarde da última sexta-feira (22), no Auditório da Escola Professora Rosangela Albuquerque de Couto, em Itarema, reuniu dezenas de cocoicultores e técnicos do setor e, teve como principal debatedor o presidente da Aprococo Brasil, Reinaldo Ribeiro do Nascimento, que apresentou um panorama da situação com números e dados atualizados.

Segundo o palestrante Reinaldo Ribeiro, fatores como; legislação ultrapassada, mecanismos de produção e comercialização do produto, têm colaborado para a atual situação.

Além dos probemas internos, os cocoicultores nacionais enfrentam uma forte concorrência do mercado externo, que abastece boa parte do mercado mundial de coco seco.

Cocoicultores de Itarema e região, durante seminário. (Foto Erys Vasconcelos)

Maiores produtores de coco seco no mundo

Países como Indonésia, Filipinas e Índia, estão no topo do mercado mundial de coco seco e, consequentemente são grandes exportadores do produto.

Situação insustentável

Presente ao evento, o cocoicultor Stênio Rios (Dedé Rios), ex-prefeito de Itarema, declarou ao site, que a situação é muito difícil, pois os altos custos de produção e a concorrência externa, vêm trazendo grande inquietação aos produtores.

Estamos muito preocupados com esta situação. Nossos custos de produção, uma legislação que não nos beneficia e a “invasão” do mercado, por países da Ásia, têm sido danosos à nossa atividade. Não temos incentivos fiscais e muitomenos proteção contra esta situação que nos afeta. Este encontro realizado aqui no Itarema, foi muito importante e esperamos que seja um passo decisivo para que sejamos pelo menos ouvidos pelo Governo Federal. Além do que, sofremos uma ação danosa destes países asitáticos, pois o produto que entra no Brasil, vindo de lá é um produto sem qualidade e, em certos casos, só serve para ração animal e adubo. Concluíu.

Produto importado chega sem q qualidade do coco produzido no Brasil

Uma das queixas dos produtores de coco seco brasileiros, é que o produto importado que chega ao mercado, é de baixa qualidade, pois entra no país, sem o óleo e outros nutrientes. Em muitas situações já detectadas, só serve para o fabrico de ração.

Regulamentação

Ainda durante o debate realizado em Itarema, foi decidido que uma comissão de produtores liderada pela Aprococo, irá ao Congresso Nacional, com a missão de cobrar dos parlamentares ligados ao setor agrícola cobra mecanismos de defesa dos cocoicultores nacionais. Inclusive no evento, foi entregue aos presentes uma ficha que foi preenchida para servir de subsídios na luta dos produtores.

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse GAZETA DA JUREMA e acompanhe o que está acontecendo no Brasil e no mundo com apenas um clique:http://gazetadajurema.com.br/ e nos siga no Instagram https://www.instagram.com/gazetadajurema/
Seja um apoiador do site e ajude a continuarmos gerando conteúdos. Colabore com qualquer valor pelo PIX abaixo!

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here