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Conheça a empresa que comprou a ITA Transportes Aéreos, com todos seus problemas

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Conheça a empresa que comprou a ITA Transportes Aéreos, com todos seus problemas
Airbus A320 da ITA – Imagem: Itapemirim Transportes Aéreos

Nova dona  promete restaurar a aérea, e incorporar novamente cinco aviões Airbus A320, para recomeçar as operações.

Nas últimas semanas o Grupo Itapemirim anunciou (internamente) uma estranha negociação, onde repassava o controle da companhia aérea do grupo para outra empresa, a Baufaker Consulting, incluindo todo o passivo.

Com uma dívida de aproximadamente R$ 180 milhões, a ITA Transportes Aéreos encerrou suas operações no dia 17 de dezembro de 2021, prometendo retomar os voos em fevereiro. No entanto, as semanas seguintes foram de pessoas se demitindo da empresa e aviões sendo devolvidos aos lessores

Agora novamente a diretoria da ITA promete ressurgir das cinzas, porém, nos ombros de outra empresa e diretores, a Baufaker Consulting.

Não há nenhuma novidade nas operações da Baufaker Consulting. Em uma rápida pesquisa é possível conferir que a empresa tem como sede uma casa no Riacho Fundo, bairro da periferia de Brasília, e com operações em um co-working em Taguatinga, outro bairro periférico da capital.

Na lista de atividades da Baufaker Consulting encontramos uma diversidade de opções, incluindo a venda de bebidas e cigarros, como uma distribuidora.

A venda avaliada por fontes em R$ 30 milhões, além do repasse do passivo (dívidas) da companhia estimado em R$ 180 milhões. O outro lado, por sua vez, promete restaurar a aérea, e incorporar novamente cinco aviões Airbus A320, para recomeçar as operações.

Só de dívidas com o Aeroporto do Galeão a ITA Transportes Aéreos precisa pagar R$ 1,28 milhão, valor das taxas de embarque que não foram repassadas pela empresa à concessionária. 

Problemas no processo de recuperação judicial

Com a venda do braço aéreo, o Grupo Itapemirim cometeu outra irregularidade no processo de recuperação judicial. Qualquer processo de venda ou entrada de sócios em um negócio, que está em regime de RJ, deve ser comunicada ao juiz que rege o caso, e posteriormente aprovado pelos credores.

O Grupo Itapemirim fez a venda às vésperas de uma audiência no dia 20 de abril do processo de recuperação judicial. O prazo foi novamente estendido com a apresentação de um novo plano pelos administradores, incluindo Sidnei Piva.

Além de retirar uma possível dívida de R$ 180 milhões adicionada ao Plano de Recuperação Judicial, com o repasse da ITA, Sidnei propõe o repasse do terreno da antiga sede avaliado em R$ 90 milhões, localizado em Cachoeiro de Itapemirim (ES), para quitar as dívidas com os credores, de R$ 250 milhões.

Contudo, a empresa que administra todo o processo, a EXM Parterns, está contestando a venda do braço aéreo do grupo sem prévio aviso, e dependendo da decisão judicial, o negócio pode ser desfeito. A EXM oficiou judicialmente a Junta Comercial do Estado de São Paulo (JECESP) para evitar a transferência de propriedade do CNPJ.

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