Rosemary Noronha, ex-namorada de Lula, ganha tempo: o MP suspendeu ação contra ela. Já Palocci ……..
Dois personagens da vida pública brasileira, voltaram ao radar dos noticiários das publicações brasileiras neste final de semana. Rosemary Noronha, ex-namorada de Lula, foi salva pelo gongo. Pelo menos por enquanto. O promotor Cássio Conserino, do MP de São Paulo, decidiu suspender as investigações contra ela por ter recebido vantagens no governo do PT e também na Cooperativa dos Bancários de São Paulo (Bancoop), onde ela, a filha e o ex-marido ganharam apartamentos.
Em despacho ao qual ISTOÉ teve acesso, Conserino diz que a Lei de Abuso de Autoridade teve a “proeza de criminalizar a atividade ministerial”. Para ele, policiais, promotores/procuradores e juízes podem ser punidos caso, por algum motivo, a investigação não encontre indícios de crime. “Ninguém, em sã consciência, pode ficar com uma espada de Dâmocles sobre a cabeça e à mercê de interpretações de toda sorte”, diz o promotor.
Suspensão
A suspensão das investigações, de acordo com Cássio Conserino, durarão seis meses, pois é o período em que ele espera que sejam revistos detalhes da lei de Abuso de Autoridade. Ele deseja que, nesse intervalo, o presidente vete a lei aprovada no Congresso e mude itens essenciais que punem os investigadores. Bolsonaro promete vetar nove artigos.
Obstáculos
O promotor diz que a lei impôs “obstáculos injustificados nas investigações criminais de improbidade administrativa e de ilícitos administrativos”, como é a acusação contra Rosemary Noronha. Segundo ele, os investigadores vivem agora “numa corda bamba” e quem amarrou esse nó foram exatamente os parlamentares investigados por esses crimes.
Palocci joga areia no ventilador
Já o ex-ministro Antonio Palocci não poupou ninguém em sua delação. Afirmou que a Operação Castelo de Areia, de 2009, revelando corrupção da Camargo Corrêa, foi barrada na Justiça graças ao governo do PT. Em troca, o partido levou R$ 50 milhões para a campanha de Dilma e até o ministro do STJ Cesar Asfor Rocha ganhou R$ 5 milhões para suspender
a operação. Ele mesmo faturou R$ 1,5 milhão no negócio.