Rafael                                                     Chárlisson                                             Victor 

Os três militares não tiveram chance alguma de defesa. Foram surpreendidos e executados a tiros

Thályss

Thálysson Constantino, membro da GDE, foi morto na tarde de quarta-feira na porta de casa

Uma simples ligação telefônica originada de uma cela da Casa de Privação Provisória da Liberdade Professor Clodoaldo Pinto, a CPPL 2, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi o suficiente para que fosse decretada a morte de três policiais militares cearenses. Da ligação para a execução do crime o tempo passou rápido. Era por volta de 14h13 quando quatro homens desceram de um carro preto na esquina das ruas São Manoel e Padre Arimatéia, na Vila Manuel Sátiro, na zona Sul da Capital, e fuzilassem os três PMs dentro de um restaurante onde eles almoçavam. Foi uma tripla execução sumária.

A ordem para matar o 2º tenente Antônio César Oliveira Gomes, 50 anos; o subtenente Sanderleu Cavalcante Sampaio, 46; e o 2º sargento José Augusto de Lima, 58, partiu da liderança da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). O objetivo da chacina era retaliar a morte de um dos componentes do grupo criminoso, crime ocorrido no dia anterior, no mesmo bairro. Thallys Constantino foi executado a tiros de pistola dentro de seu carro quando chegava em casa, na Rua João Ramalho.

Thállys Constantino era suspeito de ter fornecido seu automóvel e uma motocicleta para que seus comparsas da GDE matassem um militar. O crime ocorreu exatamente às 20h27 do dia 29 de julho último, em um bar na Rua Dom Xisto Albano, também na Vila Manuel Sátiro. Na ocasião, o subtenente da PM, Juciano de Lima Barbosa, já da Reserva Remunerada, comemorava o aniversário de um filho. Juciano foi atingido por vários tiros, chegou a ser socorrido ao hospital distrital “Frotinha” de Parangaba, mas não resistiu. O enredo que culminou na morte dos três militares nesta quinta-feira (23) começava ali.

Assassinos presos

Depois da morte de Thállys Constantino, na tarde de quarta-feira, houve uma movimentação intensa nas celas da CPPL 2, onde estão reclusos os chefões da GDE. O plano para matar policiais começava a ser montado e foi concretizado às 14h13 de ontem. O tenente, o subtenente e o sargento – mesmo estando armados – não tiveram nenhuma chance, sequer, de defesa. Surpreendidos pelos “soldados” da GDE, acabaram mortos sumariamente.

Após o crime, seguiu-se uma caçada aos bandidos. Três deles conseguiram escapar. O quarto ficou para trás e saiu fugindo por telhados de residências, mas acabou baleado e morto. No começo da noite, os outros envolvidos foram capturados por policiais do Batalhão Raio (BPRaio) juntamente com equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O primeiro a ser detido foi identificado como “Rafael Spaw”, que confessou ter participado da morte dos três PMs ontem e também do assassinato do subtenente em julho.

Em seguida, foram detidos outros envolvidos na chacina dos militares. São eles: Chalisson de Araújo de Sousa, 20 anos, o “Charlim”; Vitor Paiva de Lima, 24, o “Vitinho”; Lucas Oliveira da Silva, 23, o “Luquinha”.

Também estão detidos: Francisco Wellington Almeida da Silva, 40 anos; Eduardo Vale de Lima, 36 anos; e Francisco Adriano Silva de Oliveira, 36 anos, todos membros da GDE.

Com informações do blogdofernandoribeiro..

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