Nova espécie de crocodiliforme, Caipirasuchus mineirus, foi tema de artigo em revista científica internacional. Fóssil foi encontrado na região de Campina Verde, no Triângulo Mineiro, durante escavações em 2014.

Um fóssil completo de um crocodilo de cerca de 80 milhões de anos, batizado de Caipirasuchus mineirus, foi apresentado na manhã desta sexta-feira (14), no Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba.

A nova espécie do crocodiliforme herbívoro-onívoro foi descoberta em escavações paleontológicas em 2014 em fazenda no Distrito de Honorópolis, em Campina Verde, no Triângulo Mineiro. Restos de animais semelhantes a esse já haviam sido descobertos em rochas da mesma idade no oeste do estado de São Paulo.

O fóssil é representado por um esqueleto praticamente completo e articulado, com cerca de 70 cm de comprimento. Os elementos ósseos, da última vértebra da caudal até o crânio, que tem forma triangular, apresentando numerosos dentes, estão bem preservados.

Paleoartista Rodolgo Nogueira fez uma ilustração de como era o crocodilo — Foto: Rodolfo Nogueira/Divulgação/
Paleoartista Rodolgo Nogueira fez uma ilustração de como era o crocodilo — Foto: Rodolfo Nogueira/Divulgação/

A pesquisa foi liderada por Agustín Martinelli (Conicet – Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia e pesquisador associado do Centro de Pesquisas Paleontológicas L. I. Price (CPPLIP-UFTM), em conjunto com Thiago Marinho (CPPLIP-UFTM, Uberaba, MG), Fabiano Iori (Museu de Paleontologia de Uchoa, SP) e Luiz Carlos Borges Ribeiro (CPPLIP-UFTM, Uberaba). Um artigo sobre a pesquisa foi divulgado na última quarta-feira (5) na revista científica PeerJ.

Diferente dos jacarés atuais, o Caipirasuchus mineirus tinha hábitos terrestres e um andar ereto, o que significa que o corpo era erguido do chão, similar ao andar de um cachorro.

O fóssil foi descoberto na mesma região onde foi encontrado outro crocodiliforme único, o Campinasuchus dinizi, descrito pelos mesmos pesquisadores.

Segundo os pesquisadores, essa região em Campina Verde tem se revelado como um sítio paleontológico de relevância nacional por causa da grande quantidade de fósseis encontrados, excepcionalmente bem preservados.

Fonte: Por Mariana Dias, G1 Triângulo Mineiro

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