Um médico, que mora próximo de sua residência, soube do ocorrido e fez o atendimento inicial na própria rua

Uma mulher de 35 anos foi deixada na rua depois de apresentar sintomas semelhantes ao do novo coronavírus, de acordo com informações publicadas pelo jornal “El Deber”. O caso ocorreu no último sábado, na Bolívia, e gerou revolta na população local.

Segundo a publicação, a mulher —que não teve a identidade revelada— foi levada até a calçada em frente de sua casa para evitar um possível contágio. Ela aparece em imagens que viralizaram nas redes sociais sentada em uma poltrona, coberta com um lençol e usando máscara de proteção facial.

Um médico, que mora próximo de sua residência, soube do ocorrido e fez o atendimento inicial na própria rua. A ele, a moça que respirava com dificuldades afirmou que dias atrás estava com dores no corpo e que na sexta à noite sentiu um pouco de febre.

Somente depois disso, o médico e um representante dos Direitos Humanos entraram em contato com autoridades de saúde, que demoraram a chegar. Ela foi levada para um hospital e, horas depois, médicos descartaram a possibilidade de coronavírus e a diagnosticaram com amigdalite. A mulher recebeu alta e voltou para casa caminhando.

Segundo a ativista, que conseguiu a ambulância para levá-la ao hospital, a mulher mora de aluguel com o marido em um prédio onde há outros inquilinos. Teriam sido eles que pressionaram o homem a levá-la para a calçada.

Em entrevista ao jornal “El Deber”, Juan Saavedra, responsável pela rede de saúde na região, não descartou uma ação criminal contra a família por deixá-la na rua.

“Uma ação criminal contra a família não é descartada por tê-la retirado dessa maneira e por não ter fornecido a ajuda necessária. O fato de ter recursos limitados não justifica a atitude de levá-la para a rua”, disse o chefe médico.

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