Nutricionista alerta que a desnutrição tensiona o organismo e destaca alguns tipos de alimentos capazes de fortalecer a imunidade

Quando se fala em saúde orgânica, o sistema imunológico é tido como algo importante, mas ainda é pouco “visto”. Tanto por não ter uma forma específica e aparente, como pela complexidade de seu funcionamento, a nossa imunidade – capacidade de defesa do organismo – é fator esquecido e muitas vezes “engolido” diante da velocidade da vida urbana e dos afazeres do dia a dia.

Segundo o nutricionista Filipe Brito, mestre em Saúde Coletiva e professor do curso de Nutrição da Universidade de Fortaleza (Unifor), o desempenho do sistema imunológico está relacionado à qualidade da alimentação. Para ele, unhas quebradiças, cabelos caindo fácil e má digestão, podem ser sinais de desnutrição.

“A falta de nutrientes pode gerar uma redução do sistema imunológico (algo que deve ser confirmado com a realização de exames). Quando você não digere, e nem absorve bem o que comeu, não consegue levar aquele nutriente até a célula. Com as pessoas que têm infecções repetitivas, é sempre bom avaliar o status da imunidade também”, esclarece Filipe.

Os processos imunológicos, explica o nutricionista, são dependentes de diversos nutrientes disponíveis nos alimentos. Se o organismo não ingere a quantidade adequada, a imunidade se desestabiliza.

Filipe Brito resume o grupo de nutrientes e compostos bioativos exigidos pelo sistema imune: vitaminas (A, D, E, C e Complexo B), zinco, selênio, magnésio, cobre, ferro, probióticos, prebióticos, beta-glucana, ômega-3, glutamina, arginina, taurina, BCAA, nucleotídeos, resveratrol, curcumina, quercetina, epigalatocatequina-3-galato, mel, própolis, geleia real, dentre outros alimentos.

Automático

O nutricionista alerta que o indivíduo precisa se alimentar conscientemente para equilibrar a imunidade. No ritmo “automático”, repleto de compromissos e afazeres, a tendência é que as pessoas não atentem para se nutrirem a partir de uma dieta razoável.

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Dessa forma, “o paciente tende a ingerir mais produtos industrializados, deixando de lado as frutas e os vegetais, que fornecem boa parte das vitaminas, minerais e compostos bioativos que necessitamos”, chama atenção Filipe Brito.

Alimentos

Quanto aos alimentos mais indicados para fortalecer a imunidade, o nutricionista observa sete grupos de nutrientes. Primeiro, destaca que o indivíduo precisa se nutrir da luz do sol, pois ao ficar exposto aos raios solares, sem nenhum custo, o organismo irá absorver vitamina D e regular as defesas das mucosas

Já a vitamina A, Filipe explica que também controla as defesas das mucosas e participa da maturação dos linfócitos. Alimentos a exemplo de fígado, cenoura, batata doce, manga, espinafre, melão e couve-manteiga contêm esse nutriente.

A vitamina E se faz necessária para manter esse equilíbrio. O nutriente protege o organismo contra danos gerados pelo estresse oxidativo e aumenta a efetividade das ações das células de defesa. Pode ser encontrada em sementes de girassol, no avelã, amendoim, castanha-do-pará e no gérmen de trigo.

Mais “famosa” dentre as dietas da população, a vitamina C é fundamental para fortalecer o sistema imunológico. Ela aumenta a efetividade das células imunológicas e está presente nas frutas como acerola, mamão, laranja, kiwi, melancia, limão, tomate, além de brócolis, couve-manteiga, entre outros alimentos.

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Quanto ao zinco, o nutricionista ressalta que auxilia na maturação das células de defesa e pode ser encontrado em ostras, mariscos, carnes vermelhas, vísceras, ovos, oleaginosas, leguminosas, bem como nas sementes de jerimum que, geralmente, são descartadas no lixo.

Por fim, o especialista destaca outros dois excelentes recursos para melhorar a imunidade: o mel de abelhas, com seu efeito antibacteriano e anti-inflamatório, bem como o própolis, que atua no combate à incidência de bactérias e fungos. Tudo vindo da Mãe natureza.

Fonte: Diário do Nordeste

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