O carro elétrico de célula de combustível de última geração da ARM Engineering, o G-H3, tenta quebrar um recorde de distância dupla no circuito de Albi, em Albi, sudoeste da França, em 10 de maio de 2022 - AFP

Veículo rodou por mais de 2 mil quilômetros sem precisar reabastecer em um autódromo da França

Um carro elétrico modificado com uma célula de combustível alimentada por biomassa e hidrogênio, quintuplicou a autonomia de fábrica e bateu um recorde mundial superior a 2.000 quilômetros. O feito foi promovido pela empresa ARM Engineering na última quarta-feira (11), no circuito de Albi, na França.

O carro escolhido foi um Renault Zoe – veículo totalmente elétrico com autonomia de quase 400 km – que recebeu melhorias para completar um trajeto de 2.055,68 quilômetros sem precisar reabastecer.

Para alcançar esta distância, o veículo utilizou uma carga completa de sua bateria e um tanque com 200 litros de G-H3 – um biocombustível produzido a partir de esterco e hidrogênio – que alimentava uma célula de combustível para gerar eletricidade.

Traseira de um dos veículos elétricos modificados pela ARM Engineering — Foto: Divulgação/ARM Engineering

Traseira de um dos veículos elétricos modificados pela ARM Engineering — Foto: Divulgação/ARM Engineering

O processo, idealizado pela francesa, permite utilizar o G-H3 para reformar o hidrogênio “e criar, assim, eletricidade para alimentar a bateria”, segundo Marc Lambec, presidente da ARM Engineering.

Cinco pilotos se revezaram no volante do protótipo no circuito de Albi durante três dias, das 7h à meia-noite, para bater o recorde de distância de 1.360 km que pertencia a um Toyota Mirai nos Estados Unidos.

Empresa francesa modificou um Renault Zoe para aumentar sua autonomia usando biocombustível — Foto: Divulgação/ARM Engineering

Empresa francesa modificou um Renault Zoe para aumentar sua autonomia usando biocombustível — Foto: Divulgação/ARM Engineering

O mecanismo também é adaptável para um veículo com motor de combustão interna, como os carros movidos a combustíveis como gasolina e álcool. “Em um veículo térmico, o dispositivo permite reduzir em 80% as emissões de CO2 e suprimir as partículas finas”, afirma Lambec.

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