Disputa ficou entre o deputado Alexandre Padilha e o ex-secretário de Transportes Jilmar Tatto; petistas avaliam que desempenho será o pior dos últimos anos

Após as desistências de cinco pré-candidatos nos últimos dois dias, o PT escolhe nesta sexta-feira, 15, e neste sábado, 16, quem vai representar o partido na disputa pela prefeitura de São Paulo deste ano. A escolha está entre o deputado Alexandre Padilha e o ex-secretário municipal de Transportes Jilmar Tatto. Petistas avaliam que qualquer que seja o escolhido, o partido terá um desempenho inferior ao dos últimos 32 anos, quando sempre chegou em primeiro ou segundo lugar nas eleições paulistanas, e que a forma de escolha põe em risco a unidade do PT. O resultado sairá no sábado.

Lula Pessimista

Em conversas reservadas nas últimas semanas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o partido tem poucas chances de chegar ao segundo turno com qualquer um dos dois pré-candidatos e corre o risco de perder a hegemonia entre o eleitorado de esquerda na maior cidade do país, o que deve ter repercussão nacional.

Segundo interlocutores de Lula, o ex-presidente avalia que o único nome do partido que teria condições de chegar ao segundo turno é o do ex-prefeito Fernando Haddad – de preferência com a também ex-prefeita Marta Suplicy (Solidariedade) como vice.

Sem Haddadd na disputa chance de vitória é mínima

Como Haddad se negou a disputar a terceira eleição para a prefeitura de São Paulo, Lula decidiu não interferir na disputa interna pois, segundo auxiliares do ex-presidente, considera que nenhum dos demais pré-candidatos tem chance de vitória. Em reuniões, Lula tem dito que sem Haddad o PT pode ser “esmagado” à esquerda pela chapa Guilherme Boulos/Luiza Erundina (PSOL) e ao centro por Márcio França (PSB), que também conversa com Marta.

Abriram mão da disputa

Na quarta-feira, 13, o vereador Eduardo Suplicy, o deputado Paulo Teixeira e o ex-vereador Nabil Bondouki abriram mão de suas pré-candidaturas em apoio a Padilha. A militante Kika Silva abandonou a disputa em nome de Tatto, e o deputado Carlos Zarattini desistiu com duras críticas ao processo de escolha do candidato.

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