20161110224906_582515822fed3-1024x682

No Mineirão o Brasil levou 7 a 1. Mas, no Mineirão a Seleção nunca perdeu para a Argentina. A noite desta quinta-feira marcou o retorno da equipe canarinho ao palco de seu maior vexame, no entanto, pouco mais de dois anos e quatro meses depois, o momento é outro. E nada como uma contundente vitória em cima de seu arquirrival para espantar todos os fantasmas e ratificar a volta por cima. Sob o comando de Tite, o Brasil não deu chances a Messi e companhia e ficou ainda mais próximo de garantir vaga na Copa do Mundo de 2018 depois de um 3 a 0 ao som de “olé” em Belo Horizonte. Philippe Coutinho brilhou com um golaço ao seu estilo, Neymar marcou pela primeira vez na carreira contra os Hermanos e Paulinho, um dos sete remanescentes da Copa de 2014, exorcizou seu trauma ao fechar o placar.

De quebra, os pentacampeões mantiveram a liderança das Eliminatórias Sul-americanas, agora com 24 pontos, e os 100% de aproveitamento com o ex-treinador do Corinthians à beira do campo. Já são cinco vitórias consecutivas. Por outro lado, o receio de não ir à Rússia é cada vez mais real na Argentina, que com Messi anulado pela marcação nesta quinta, chegou ao seu quarto jogo sem sair de campo com os três pontos, deixando Edgardo Bauza, ex-técnico do São Paulo, cada vez mais pressionado no cargo, pois a sexta colocação e os 16 pontos não são suficientes nem mesmo para a repescagem.

Quem não parecia estar a altura do maior clássico mundial entre seleções era o árbitro Julio Bascuñan. O chileno entrou em campo talvez mais pilhado do que os 22 atletas e complicou a vida de Fernandinho, o natural marcador de Messi, dando-lhe um cartão amarelo com apenas seis minutos de jogo. Foram 11 faltas em 13 minutos e a bola pouco rolava mais porque o juiz não deixava do que pela disposição dos jogadores.

Aos poucos, Julio Bascuñan foi se acalmando e percebendo que havia muito mais gente no gramado para ser protagonista que não ele. E Biglia por pouco não chamou as atenções para si, mas Alisson é quem acabou com os aplausos depois de brilhante defesa.

A resposta do Brasil, tímido até então e até com menos posse de bola, foi imediata. Quando Neymar resolveu tocar de primeira e Philippe Coutinho saiu da direita para cair no seu lado preferido, a jogada saiu, a Argentina se perdeu e, em um balaço que lembrou os gols do meia pelo Liverpool, a Seleção canarinho inaugurou o placar.

O gol, no entanto, não mudou muito o panorama do clássico. A Argentina manteve sua postura surpreendente de ditar o ritmo, mas tropeçava nas próprias pernas ao ter de definir as jogadas sem muita participação de seu grande jogador. Messi não encontra espaço no sistema compacto de Tite, mesmo que flutuasse por todo o campo.

FICHA TÉCNICA                                                                                 1424279_547937015299208_840218183_n-1
BRASIL 3 X 0 ARGENTINA

Local:Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 10 de novembro de 2016 (Quinta-feira)
Horário: 21h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Julio Bascuñan (Chile)
Assistentes: Christian Schiemann (Chile) e Marcelo Barraza (Chile)
Cartões amarelos: BRASIL:Fernandinho, Marcelo.ARGENTINA: Funes Mori, Otamendi, Lucas Biglia.
Público: 53.490 total.
Renda: R$ 12.726.250,00.

GOLS:
BRASIL: Philippe Coutinho, aos 24, e Neymar, aos 45 minutos do 1T. Paulinho, aos 13 minutos do 2T

BRASIL: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda (Thiago Silva) e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Renato Augusto, Neymar e Philippe Coutinho (Douglas Costa); Gabriel Jesus (Firmino)
Técnico: Tite

ARGENTINA: Sergio Romero, Pablo Zabaleta, Nicolás Otamendi, Funes Mori e Emmanuel Más; Javier Mascherano, Enzo Peréz (Sergio Agüero), Lucas Biglia e Angel Dí Maria (Correa); Lionel Messi e Gonzalo Higuaín
Técnico: Edgardo Bauza

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here